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Enviada em: 13/08/2017

Na atualidade, a mídia tem um papel cada vez maior. Prova disso é a série 13 Reasons Why, que apesar de ser um programa de entretenimento, trata de questões importantes e pouco abordadas pela sociedade. No enredo, a protagonista, Hannah Baker, passa por bullying, estupro e desenvolve depressão, até que resolve se suicidar. O sucesso da série foi responsável por um aumento de 445% nas ligações para o CVV (Centro de Valorização a Vida) e, além de colocar em foco a questão do suicídio, mostrou a necessidade de debater as doenças mentais.       A fim de discutir esse tema, pode-se relacionar as teorias de Émile Durkheim, filósofo e sociólogo francês. Segundo ele, existem três tipos de suicídio, um deles sendo o suicídio egoísta, em que o indivíduo se toma de desejos que não pode alcançar, fato que prejudica suas relações sociais e o desconecta da sociedade até que tire sua vida. Fazendo um paralelo à atualidade, esse tipo retrata os suicídios causados pelas doenças mentais que, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), são responsáveis por 90% dos casos de suicídio. Isso pode ser justificado pelo fato de que os transtornos psicológicos atuam como uma espécie de pré-disposição para o problema.       Da mesma forma, é possível mencionar a Psicopatologia, ciência que estuda os transtornos mentais. Trata-se de uma área da Psicanálise, método de análise e tratamento proposto por Sigmund Freud, neurologista austríaco. O médico utiliza dos conceitos de consciente e inconsciente a fim de tratar os pacientes por meio do diálogo. Freud teve grande importância para a Psicologia, de modo que, hoje, os avanços científicos permitem o tratamento de diversas doenças psicológicas e, em muitos casos, resultam na cura.       Diante do apresentado, conclui-se ser essencial o debate das doenças mentais de forma que seja possível tratá-las e evitar complicações. É necessário, portanto, investir na divulgação do assunto a fim de que mais pessoas possam entender o problema e buscar ajuda em casos de necessidade. Para tal, o Ministério da Educação deve aprovar projetos que abordem as doenças mentais no Ensino Médio. Os projetos podem ser realizados nas aulas de Sociologia, uma vez que a matéria tem grande relação com a Psicologia. A fim de torná-los mais completos, os planos podem contar também com o apoio de profissionais da área (psicólogos ou psiquiatras), os quais irão explicar e discutir o tema na sala de aula. Dessa forma, será possível tratar o problema na adolescência, fase em que as doenças mais se manifestam atualmente.