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Enviada em: 21/07/2017

É preciso debater sobre as doenças mentais. Vive-se uma época em que a modernidade líquida e as relações vazias predominam, sendo que, valoriza-se aqueles que demonstram o quão sua vida está perfeita, e ignora-se os que se encontram com algum problema psicológico, o qual pode ter origem tanto individual como social.    O suicídio de Getúlio Vargas apenas reflete o quão complexo o ser humano é. Segundo Émile Durkheim, existem três tipos de suicidas, o altruísta é aquele que representa um papel superior na sociedade, como um político; o egoísta se sente inferior; e por fim, o anômico, que seria quando um coletivo não consegue viver com um caos presente na sociedade, isto é, quando esta se encontra "doente". Traumas, problemas na família, bullying na escola, cobranças sociais, o estresse da vida urbana e questões sociais são algumas das razões específicas que podem levar alguém a apresentar depressão ou ansiedade. A bipolaridade e a esquizofrenia também são condições que podem trazer complicações, principalmente quanto a sociabilidade.    É preciso ressaltar a existência de muitos preconceitos contra essas pessoas. Isso acontece principalmente porque o olhar sobre esses indivíduos se limita ao problema que estes apresentam, toda a essência destes é eliminada. Prova disso é a história do manicômio de Barbacena, em Minas gerais, retratada em livro e documentários. Nele, os pacientes eram tratados sem humanização, como se fossem inferiores, o que fez com que estes fossem cada vez mais excluídos e esquecidos da sociedade. Dessa forma, observa-se que essas instituições nem sempre foram uma forma de ajudar o indivíduo, mas sim de manter controle sobre o mesmo, tanto que, muitas das vezes, quando alguém tinha uma ideia que ameaçava a estrutura da época, este era considerado como louco.    Portanto, medidas são necessárias para solucionar o problema. O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações deve investir na criação de propagandas que divulguem os Centros de Atenção Psicossocial e o Centro de Valorização à Vida, e proponham o debate sobre doenças mentais. Assim como, o Ministério da Educação e Cultura e o Ministério da Saúde, devem se unir para oferecerem atendimento psicológico durante os fins de semana nas escolas públicas do Brasil.