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Enviada em: 06/09/2017

Atualmente, o número de casos de doenças mentais é alto. Segundo a ONU, cerca de 400 milhões de pessoas, no mundo, tem algum problema psicológico. Dessa maneira, fica nítida a necessidade de se debater sobre esse problema, que tem como centro a organização socioeconômica atual e o desrespeito às leis. Com isso, medidas são necessárias para deixar em homeostase - equilíbrio - o corpo social.      A priori, cabe considerar que fatores sociais e econômicos influenciam nos casos de doenças mentais. Com o capitalismo, pessoas passaram a se submeterem, legalmente, a longas jornadas de trabalho, pois, com o consumismo, vale mais o "ter" do que o "ser". Ademais, o uso de produtos tecnológico - celulares, notebook -, de maneira descontrolada, está sendo uma realidade. Isso faz diminuir os contatos interpessoais, tornando as relações fluidas, como apresentou Bauman, o que é prejudicial, porque, para Freud, forma-se uma personalidade resiliente nos atritos das relações. Em suma, o sistema econômico e a organização social atuais, quando mal administrados, tornam a sociedade vulnerável a transtornos.      Por outro lado, o desrespeito às leis deve ser discutido. Nesse sentido, nota-se que, ao serem submetidos a transtornos psicológicos, muitos acabam não buscando tratamento em virtude do preconceito social, que tem o conceito prévio de que, quem sofre com transtornos, "não trabalha" ou "não tem o que fazer". O Estado brasileiro, portanto, falha em não buscar, ainda mais, ações para garantir a proteção e o direito a essas pessoas, não cumprindo a Lei Paulo Delgado.      Com o que foi dito, observa-se a necessidade de, além de debater sobre doenças mentais, medidas equilibrar o corpo social. Visando isso, é importante que o Estado amplie atendimento psicológico, ampliando o SUS e o incentive, por campanhas, para atender quem necessita e às vezes se silencia. O MEC, por sua vez, deve capacitar profissionais para falarem sobre como administrar o tempo e incentivar o respeito mútuo, diminuindo, assim, a vulnerabilidade a doenças mentais e o preconceito social.