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Enviada em: 12/03/2019

Indo de encontro a uma realidade ideal, caracterizada pelo incremento de uma democracia participativa, os jovens atualmente engajam-se com mais afinco nas questões políticas. Nesse sentido, parte disso está intimamente ligado a um fator de indignação coletiva diante da revelada falta de compromisso e ética por parte do corpo que integra o governo, em seus múltiplos níveis. Assim sendo, a mobilização juvenil, felizmente, tem sido propiciado em função de recente articulação a partir do uso da internet. Com isso, mesmo que motivados por crassos erros, o Brasil caminha em direção a um futuro permeado pela possibilidade real de transformação.      Nessa perspectiva, desde 1989 com FHC a sociedade como um todo passou, paulatinamente, a compreender os resultados diretos da sua própria alienação ou indiferença e, hodiernamente, com todo esse cenário inflamado e polarizado diante do escândalo da Lava-Jato essa percepção fez-se perceptivelmente presente. Nesse viés, nota-se que a juventude, guiados inclusive por uma máxima do historiador francês March Bloch, segundo a qual " a ignorância do passado não se limita a prejudicar a compreensão do presente, compromete, no presente, a própria ação", assumiu uma postura de responsabilidade e comprometimento com os interesses coletivos em uma tentativa válida de melhorar sua realidade. Ademais, fizeram dos erros pretéritos fonte de inspiração para um recomeço.      Outrossim, atrelado a esse contexto de mudança de cenário de manifestações populares, a internet, como ferramenta articuladora e integradora, representa uma ferramenta de fundamental relevância para a construção de uma democracia saudável. Por essa perspectiva, eventos recentes que marcaram a história como o impeachment da Dilma Rousseff em 2016, por exemplo, são resultados diretos do poder trazido pela web, dentro de um panorama em que a notícia, a informação propriamente dita, circula de usuário a usuário com a máxima liberdade e fluidez possível, configurando esse canal como o símbolo sumo de liberdade de expressão.        Destarte, diante dos avanços juvenis em relação ao seu compromisso com a democracia, medidas devem ser pensadas para ampliar a participação dessa classe no campo concreto. Para isso, Governo Federal, mesmo em contrapartida aos interesses de seu corpo constituinte, precisa aumentar o grau de liberdade nos veículos de comunicação por meio de emendas constitucionais que proíbam veementemente qualquer órgão público  de regulamentá-los, com a finalidade de precaução em relação aos riscos de manipulação e alienação de um possível governo autoritário, preservando, pois, o ímpeto do jovem à mudança. Diante disso, será possível alcançar uma realidade na qual os princípios  fundamentais de direito a expressão e manifestação sejam valorizados e incentivados.