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Enviada em: 06/03/2019

Durante a Primavera Árabe, que foi uma onda de protestos populares contra governos no mundo árabe, ocorridas em 2011, evidenciou-se a influência dos jovens no meio político, tendo em vista que esses conseguiram a derrubada de governos ditatoriais e consequente implementação da democracia. Ao trazer-se para o contexto brasileiro, apesar dos grandes movimentos político-sociais ocorridos em 2013, é notório o pouco engajamento dos população púbere no campo político. De um lado, tem-se a internet como meio de ativismo; do outro, a grande descrença, fruto dos escândalos de corrupção.   Em primeiro plano, vale ressaltar que a globalização e o advento da internet acarretaram a formação de jovens com mais voz, mas, também, mais passivos. Segundo os dados publicados pelo Data Folha, 92% dos jovens a acreditam em sua capacidade de mudar o mundo, e 80% creem na importância das atitudes políticas diárias, entretanto, por mais que eles sejam ativistas nas redes sociais, não vão de fato para as ruas, fator determinante para a efetivação de revoluções. Cria-se, aí, os manifestantes de sofá.   Em segundo plano, há ainda a grande descrença política por parte da população jovem, principalmente após os escândalos da operação lava-jato, iniciados em 2014. Segundo o filósofo grego, Aristóteles, “o homem é um animal político”. A tese exposta vai em contradição com o cenário brasileiro ao passo que a política é associada à roubalheira e desonestidade, a população sente-se desmotivada, visto que o interesse das massas é negligenciado em prol de questão pessoais. Nesse tocante, os mais novos, por conta de não conhecerem e presenciarem a política, efetivamente, tendem a ignorar essas questões. De acordo com pesquisas realizadas pelo Instituto Paraná, 81,9% dos entrevistados afirmam que os políticos que estão no poder não representam os interesses da população brasileira.     Dessa forma, evidencia-se que, por mais que atuação juvenil na política seja de extrema importância, essa parcela da população é repelida por questões externas. Destarte, cabe ao Governo, em junção com os meios midiáticos, a promoção e divulgação de programas como o Jovem Senador, Parlamento Juvenil Brasileiro e Câmara Jovem, nos quais o jovem conhece os processos políticos a finco, e vivencia os mesmos de maneira ativa. Ademais, é dever do Ministério da Educação, em Junção com as escolas, promover, através de disciplinas eletivas, palestras e pesquisas, educação política. Assim, conseguir-se-á jovens mais informadas e ativos nos processos de transformações sociais.