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Enviada em: 10/03/2019

No início da sociedade democrática ateniense, só eram considerados cidadãos os homens, livres, maiores de 18 anos, nascidos em Atenas. Portanto, tais cidadãos eram os únicos que possuíam o direito de associar-se à vida política da sua comunidade, discutindo ideais que visavam o bem comum. Em contrapartida, na atual conjuntura da sociedade brasileira, os cidadãos, independente de raça, credo ou sexo possuem o direito de exercer política e estão, cada vez mais, engajados em tal ato, uma vez que a representatividade na esfera parlamentar está em crescimento e a democratização do acesso à internet torna a aproximação à política possível.       Em primeiro lugar, é necessário observar a importância que a representatividade exerce na participação dos jovens na política. Com a expansão dos movimentos de cunho social, especialmente nessa era moderna, o interesse dos jovens na vida política se deu pela defesa desses movimentos, que, geralmente, objetivam assegurar direitos essenciais para as minorias. Um exemplo disso é o Deputado Jean Wyllys, que é defensor de pautas como: cotas raciais, legalização da maconha, descriminalização do aborto e a união de pessoas do mesmo sexo. Assim sendo, com exemplos como esse, infere-se que os jovens ficam mais passíveis de defender seus ideais, pois se veem cada vez mais representados e inclusos dentro da sociedade.       Ademais, percebe-se a influência da internet na vida política, que se tornou uma grande aliada dos jovens. Segundo dados de 2016 do IBGE, 116 milhões de brasileiros estão conectados à internet, no qual 94,56% utilizam as redes sociais. Estas últimas exercem papel fundamental na vida política da população moderna, visto que exercem o papel da ágora ateniense ao promover discussões e mobilizações sobre pautas importantes da via pública, porém, agora, com acesso ilimitado aos cidadãos, a exemplo das Jornadas de Junho no Brasil e da Primavera Árabe no Oriente Médio, que tiveram início nas redes sociais.       Para garantir a eficiência da participação da população na esfera política, é necessário que medidas eficientes e cabíveis sejam tomadas. Por conseguinte, é imprescindível que o Ministério da Educação (MEC) crie propagandas de incentivo à participação política dos jovens, por meio da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), incluindo debates como fator primordial no Currículo Mínimo das escolas públicas. Para mais, atuando junto com veículos midiáticos, o MEC deve disponibilizar propagandas na internet, com o objetivo de mostrar a importância da participação política dos jovens de 16 anos nas eleições e estimular essa população a se envolver nesse meio. Dessa forma, a sociedade moderna participaria da esfera política com mais efetividade e abrangência, distanciando-se da antiga Atenas.