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Enviada em: 12/03/2019

Todas as relações sociais constituem um ato político: administrar, debater, reivindicar, dentre outras convivências. No entanto, o ativismo político está enfraquecido no Brasil, e, os jovens, camada que pode ser o futuro do país estão desiludidos com a velha política e todos os seus problemas, apenas criticando sem agir.        A geração de jovens pensadores mostrou-se ativa em 2013, quando diversas manifestações de grande porte deflagraram pelo país tendo como estopim o aumento da tarifa de ônibus. Nesse momento, gritos de “o gigante acordou” entoaram pelo Brasil dando um fio de esperança para todos. Entretanto, com o passar dos anos e realização da copa do mundo e olimpíadas, o ímpeto revolucionário foi diminuindo e se apagou. A impressão é de que todos que saíram as ruas motivados a reivindicar melhorias estão vendo os escândalos e problemas governamentais em casa, assustados e simplesmente esperando as coisas mudarem.     No atual mundo conectado, deveria ser muito mais fácil ocorrer participação política direta devido ao acesso instantâneo a informações e a simplicidade de convocar debates e manifestações através das redes sociais, contudo, ocorre o oposto. Os jovens -com exceções, é claro - estão no caminho de se tornarem críticos de sofá, ou seja, observam o desgoverno que afeta o país através da televisão e internet e ficam sentados, sem desejo de levantar e agir em prol de mudança, desiludidos e sem esperança com o país. Prova disso é o desejo de milhares de jovens de deixar o país e buscar condições melhores no exterior.        Portanto, é evidente que a participação política de jovens no Brasil é irrisória, e a mudança deve começar pela educação. O Ministério da Educação deve instaurar nas escolas debates políticos desde o ensino fundamental para fomentar as crianças a desenvolverem um senso crítico, que, ao crescerem, não sejam alienadas e tenham um espírito revolucionário, capaz de lutar pela melhoria do país, e não ficar imóvel ou abandoná-lo como se fosse algo sem solução.