Materiais:
Enviada em: 12/03/2019

Na década de 80, o Brasil contemplou uma ação iniciada, em maior número, pelos jovens da época, que lutaram pelo direito da participação política no país. Tal movimento, conhecido como "Diretas Já", representou a falência do regime militar sobre o controle das eleições. Concomitante a isso, torna-se comum serem feitas comparações a respeito da atuação política do jovem no cenário político atual.       Em primeiro plano, é elementar ressaltar a interferência cultural que rondeia a conjuntura política nacional, como é o caso do despreparo da juventude quanto o "ser cidadão", provocado pela ausência de discussões do assunto no âmbito familiar e escolar. Ao abordar a modernidade líquida, o sociólogo Zygmunt Bauman evidencia tal perda de valores, que podem ser comprovadas com dados divulgados pelo TSE, que mostra a redução da população jovem apta a votar, de 1,6 milhões em 2014, para 1,4 milhões em 2018. Ademais, a participação facultativa representa apenas 1% de todos os votantes.       Ainda, muitos obstáculos dificultam que a ação diplomática social seja, de fato, garantida. O falso pensamento de que um sujeito só torna-se politicamente ativo quando vota, bem como a carência representativa da classe juvenil no meio governamental, implicam que os aspectos tradicionais quanto a forma de fazer e atuar na política possam ser superados.       Fica claro, dessa forma, que a juventude deve dispor de ferramentas e meios que visam romper as barreiras presentes perante a política. Portanto, faz-se necessário medidas que contornem a situação. O Ministério da Cultura, em conjunto com o setor midiático, deve fomentar debates e campanhas, nas redes sociais, que alcancem os jovens usuários, afim de encorajá-los a exercer a cidadania plenamente. Além disso, o Ministério da Educação pode promover palestras e discussões, com profissionais adequados, aos estudantes e familiares, quanto ao que é e a importância da vida política do país.