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Enviada em: 22/03/2019

O período entre 1964 e 1985 foi de incerteza política e perseguição aos jovens que se opunham à ditadura militar no Brasil. Neste cenário, o movimento estudantil tornou-se a principal resistência ao regime autoritário e a educação conservadora da época. Hodiernamente, a juventude brasileira não demonstra ter herdado a sagacidade militante dos jovens de 64, uma vez que o comodismo político parece torná-los inativos. Nesse contexto, cabe analisar a importância da participação do jovem na política, bem como os impasses que levam a isenção dessa atuação.   Mormente, destaca-se que a participação de jovens em questões políticas se mostra muito efetiva para o público estudantil, como também um infinito de melhorias sociais. Exemplo dessa participação, foram os protestos do Movimento Passe-livre, que ocorreram em 2013. Logo, a presença juvenil nos assuntos políticos é de extrema importância, principalmente entre jovens de 16 a 24 anos, pois os mesmos possuem acesso a informações diariamente, nos diversos meios de comunicação, como a internet, podendo aderir ideias revolucionárias, organizar debates e manifestações.   Em contrapeso, apesar da atual fase de reivindicação de direitos sociais, percebe-se, ainda, a aversão e o distanciamento dos jovens quanto ao papel de agente político da sociedade. Ao evidenciar o histórico político do Brasil, marcado por casos de corrupção, pela falta de investimentos em setores básicos e pela ausência de incentivos, principalmente nas escolas, tornam crescente a falta de interesse da juventude, não ajudando no senso crítico e no seu modo de votar e fiscalizar seus eleitos.   Portanto, fica claro que a participação do jovem na política precisa ser incentivada. É mister que o poder público dinamize os debates sociais, criando periodicamente eventos com os cidadãos. Urge que o Ministério da Educação, por meio da mídia e nas escolas, divulguem sobre a importância do voto e o engajamento político. Assim, despertando no jovem seu papel de agente transformador da realidade do país. Pois, conforme apregoado por Aristóteles: ''O homem, por natureza, é um ser político.''