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Enviada em: 03/04/2019

Na história da política brasílica, inúmeros foram os movimentos sociais de jovens e adultos para reivindicar seus direitos, como o " Diretas Já " e os protestos pela diminuição da tarifa de ônibus em 2013. Contudo, apesar dessas agitações não terem ocorrido em um tempo não muito distante, no contexto hodierno, com o advento da tecnologia e os constantes casos de corrupção, tais mobilizações democráticas não ocorrem com tanto ímpeto como as documentadas na trajetória política brasileira. Dessa forma, pode-se citar como gatilhos para a causa, a descrença na política e o uso exacerbado da tecnologia.   No que tange ao descrédito dado ao governo, segundo Aristóteles, uma democracia é efetiva quando os cidadãos gozam de direitos iguais. Sob essa ótica, no cenário contemporâneo, os jovens experimentam uma crise de representabilidade política, haja vista que não veem suas aclamações sendo atendidas ao passo que reivindicam seus direitos constitucionais, e por efeito, as agitações que objetivam lutar por efetivação de direitos acabam por perder sua força. Conforme a isso, os imberbes não acreditam que seus representantes irão cumprir com seus deveres, e por conseguinte, não vivem na democracia conceituada por Aristóteles.   Ademais, a utilização exagerada dos utensílios tecnológicos corroboram a persistência do problema. No século XVIII, com a Revolução Industrial, os aparatos tecnológicos foram criados, de modo que modificaram a dinâmica social. Não obstante, essa modificação não foi totalmente benéfica para a sociedade, pois mesmo que aumente a interação social, na sociedade canarinha atual, tal interação, em sua maioria, está ficando restrita ao mundo virtual, e por efeito, as movimentações de cunho democrática isenta-se do fator presencial. Sendo assim, é cabível afirmara que a representação política dos jovens encontra-se em déficit.   Em síntese ao exposto, urge a necessidade de atuação do Estado e da escola para combater o imbróglio. O Estado, em parceria com o Poder Executivo, deve elaborar um plano político direcionado aos jovens, no qual estabelecerá ouvidorias para suas aclamações por meio dos governos estaduais e municipais, objetivando reverter a crise da representabilidade desse jovens; ademais, a escola, formadora de caráter, deve incluir em seu plano curricular, atividades elucidativas sobre o uso das redes sociais, objetivando demonstrar a importância da participação presencial na política e não somente ficar restrito ao ambiente cibernético para promover as atividades democráticas, e por efeito, aumentar a participação de jovens no cenário político. Por ventura, seguindo essas diretrizes, conseguir-se-á de reverter o quadro atual, e respeitar a definição de Aristóteles.