Materiais:
Enviada em: 15/04/2019

A democracia é uma das maiores e mais importantes contribuições gregas para as sociedades atuais. Oriunda da Grécia, mais precisamente de Atenas, uma das principais cidades-estados do período, o regime democrático, foi e é, extremamente essencial para as civilizações. Na antiguidade, apenas uma pequena parcela da população participava da vida política, já que exigências, tais como o indivíduo ser homem, possuir mais de dezoito anos, ser livre e, necessariamente, ateniense, excluíam grande parte dos habitantes. Dessa forma, os cidadãos que participavam ativamente da política, detinham grande responsabilidade, uma vez que as eleições eram diretas e cada indivíduo podia tomar parte das decisões públicas que os circundavam. Equiparando aos tempos atuais, evidencia-se uma inversão de interesses: se na Grécia Antiga era crucial e almejada a participação política por todos, hoje, nota-se a inexistência disso, sobretudo pelos jovens. Por isso, torna-se necessário o debate acerca do quão importante é a participação política do jovem no Brasil.    Em primeiro lugar, é perceptível a frustração dos cidadãos no âmbito da política. A descrença e desconfiança da sociedade brasileira com todo e qualquer político, é proveniente dos inúmeros casos de corrupção delatados por intermédio da “Operação Lava Jato”, que é um conjunto de investigações em andamento, que já cumpriu numerosos mandatos de busca e apreensão, a fim de apurar o esquema de lavagem de dinheiro que movimentou bilhões de reais em propina no Brasil. Isso contribui, inegavelmente, para que, cada vez mais, as pessoas, especialmente os jovens, se desconectem da vida política do país.    Por conseguinte, e notório a grande importância do jovem no aspecto político. Além de representarem uma enorme parcela do eleitorado brasileiro, é evidente que eles detém, ainda, um grande poder de voz. Exemplo disso foi o evento ocorrido em 1992, que marcou o primeiro impeachment do país, sofrido por Fernando Collor, no qual a população e, principalmente a massa estudantil, exigiam o afastamento do presidente do cargo, e obtiveram sucesso.    Em virtude dos fatos supracitados, constata-se que deve haver incentivos para que a juventude se integre à política. Para isso, as escolas, por meio de aulas específicas e com a participação de profissionais que entendam do assunto, devem investir no conhecimento sobre a política, bem como os direitos e os deveres que os estudantes possuem como cidadãos. Ademais é fundamental que o próprio indivíduo que já reconheça seu papel na política, exponha isso aos demais, podendo usar as redes sociais como um veículo para a expansão desse ideal. Assim, indubitavelmente, essa problemática será amenizada.