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Enviada em: 22/04/2019

Na década de 80, o Brasil viu  uma juventude levantar-se  frente ao regime militar e lutar por maior participação política. Esse movimento viria a ser conhecido como “Diretas já”, que, apesar de não ter atingido seu objetivo principal à época, tornou-se um marco da nossa ainda recente democracia. Apesar do papel crucial dessa faixa etária para transformações políticos-sociais, na contemporaneidade a juventude se mostra indiferente. O descrédito em relações aos políticos e à intensificação da desvalorização da cidadania são os principais causadores dessa apatia.             Em primeiro lugar, é importante ressaltar que a falta de credibilidade aos políticos é um fenômeno mundial. No Brasil, destacando os inúmeros casos de corrupções, o momento de crise em diversas esferas da sociedade aponta para uma falência do modelo tradicional de  participação política. Segundo dados da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), há uma diminuição da quantidade de adolescentes ,entre 16 e 18 anos, que votam sem estarem na faixa da obrigatoriedade.Essa falta de engajamento, a longo prazo, resultará em uma maior consolidação de crise política, social e econômica, bem como à ameaça da própria cidadania.                Outra questão relevante é a falta de acesso a uma educação de qualidade, que valorize os conceitos ligados à cidadania e participação social. Na Grécia Antiga , visto a importância da política para a construção de um Estado, existia a escola peripatética que, influenciada pelo filósofo Aristóteles, estudava-se política como um saber prático e fundamental . Assim, em um Estado Democrático de Direito, o jovem deve compreender seu protagonismo no que se refere a conquistar o  bem comum.                É evidente, portanto, que o jovem tem um papel fundamental na construção nacional. Cabe ao Ministério da Educação, incentivar escolas públicas e privadas , a fazerem uma abordagem da questão política fora do senso comum. Mostrar, por meio de aulas de história e sociologia, um histórico da participação da juventude em grandes eventos nacionais . Associado a isso, colocar todo conhecimento em prática com a formação de representantes e grêmios estudantis. Assim, os alunos terão a oportunidade de praticarem sua cidadania dentro do âmbito escolar e  , por consequência,  garantir uma melhor formação cidadã.