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Enviada em: 25/04/2019

Na Grécia antiga, o filósofo Aristóteles falava que: aquele que não participa da política é idiota, "idioté", ou seja, aquele que não contribuía para as decisões na cidade não podia opinar. Ao trazer essa ideia para a realidade contemporânea, observa-se que, no Brasil, há um movimento para o aumento da participação política dos jovens no país. Assim, é necessário que essa mobilização seja incentivada, tanto por ser benéfica à sociedade, como por desenvolver a perspectiva humana do jovem.       Em relação ao primeiro viés, cabe destacar que os jovens contribuem na política com uma nova forma de observar os grupos sociais. Para elucidar essa ideia, vale pontuar o que diz o sociólogo Max Weber. Segundo o teórico, a sociedade é guiada por "ações sociais": ações individuais com foco na sociedade; uma dessas ações é a racional por valor: ações baseadas em suas crenças e valores políticos. Nesse sentido, por terem sido criados em uma perspectiva de vida mais dinâmica, os jovens podem contribuir na política por meio de um olhar mais próximo à realidade, como destaca o jornal "El País": o Movimento Brasil Livre (MBL) conta com uma organização estudantil, a qual conta apenas com estudantes e tem como objetivo um diálogo mais próximo com as instituições de ensino. Portanto, é clara que a participação dos jovens nos meios políticos tem grande contribuição para o desenvolvimento social incluindo todas as camadas sociais.       Já quanto ao segundo dado, é necessário discutir os estímulos a desenvolvimentos pessoais decorrentes da atuação política. Para compreender esse aspecto, cabe mencionar o posicionamento do escritor brasileiro Içami Tiba. Segundo o pensador, o ser humano sente-se mais forte e protegido quando sentem que realmente pertencem a um grupo social. Dessa reflexão, é possível concluir que, o jovem ao fazer parte de esferas e grupos que o proporcionem uma participação política - seja ela para tratar de assuntos sociais ou legislativos - tende a ter um maior desenvolvimento de características de autoconfiança e habilidades nas relações sociais. Assim, a atuação e a inclusão do jovens em um contexto político são benfeitores para a formação de caracteres individuais.        Em suma, é necessário que essa pratica seja incentivada e assegurada. Para isso, as escolas devem incentivar o pensamento e o envolvimento com a política desde cedo. Isso pode ser feito por meio das próprias atividades escolares: aulas específicas para o estudo da atuação de grandes chefes políticos; estímulo à participação dos alunos nos grêmios estudantis, o que proporciona um envolvimento primário com articulações políticas; e ainda, incentivo na obtenção de conhecimento das formas políticas que atuam nas cidades em que morar. Essas ações, consequentemente, têm a finalidade de aumentar a participação de jovens para a formação de uma política nacional completa.