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Enviada em: 26/05/2019

A Primavera Árabe, eclodida em 2011, foi um movimento que representou a revolução da democracia na contemporaneidade, pois utilizou como motor primeiro as redes sociais e os meios de comunicação. Paralelamente, em 2015, as manifestações contra o aumento da tarifa de ônibus trouxeram da internet grande participação política dos jovens na defesa de seu exercício de cidadania. Dessarte, entendendo as mudanças nas configurações da política e democracia na atualidade e a importância do exercício da cidadania dos jovens para com os espaços políticos, cabe estabelecer a discussão acerca da participação política do jovem no Brasil contemporâneo.  Em primeira instância é necessário analisar o novo cenário político na modernidade. Leonardo Sakamoto, jornalista brasileiro, retrata em sua coluna “o Facebook e o Twitter foram às ruas” que as redes sociais compõem um novo espaço democrático, onde os indivíduos são capazes de articular informações e moldar opiniões, remodelando o modo de se fazer política na atualidade. Sendo assim, compreende-se a importância do ciberespaço na política contemporânea, ampliando a participação política dos jovens ao possibilitar a construção de debates e a disseminação da pluralidade de pensamentos.  Em segunda instância é necessário entender que, mesmo com a expansão e ascensão dessa nova democracia, a sua inserção em sociedade não abrange todos os jovens mas sim, em grande parte, ela é exclusiva. Nesse contexto, uma pesquisa divulgada pelo Comitê Gestor da Internet revela que um terço dos domicílios ainda não tem acesso à internet. Dessa forma, o acesso a nova forma de democratização privilegia as classes com condições financeiras em detrimento das mais vulnerabilizadas, revelando o caráter exclusivo da nova cidadania contemporânea.  Tendo em vista os fatos mencionados, percebe-se a grande importância dos meios de comunicação no impulsionamento da democracia, ampliando a participação politica dos jovens. Contudo, algumas problemáticas precisam ser resolvidas para garantir maior inclusão. Portanto, cabe ao Ministério da Tecnologia promover por meio de programas sociais essa inclusão, instalando pontos de internet para as famílias mais vulnerabilizadas, viabilizando uma maior abrangência e integração aos desfavorecidos socialmente. Só assim, a participação política dos jovens pode se estabelecer de forma inclusiva e benéfica para toda a sociedade.