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Enviada em: 20/05/2019

A filosofia socrática mudou a forma de pensar de várias gerações. Nela, o homem foi posto como centro de reflexões filosóficas, afirmando que qualquer cidadão estaria apto a participar ativamente de assuntos de cunho intelectual - como debates de filosofia e política. No Brasil atual, porém, ainda existe certa resistência dos jovens na participação política, causada pela acomodação dessa parcela da população, assim como o conhecido "ativismo de sofá". Nesse sentido, cabe analisar as causas e consequências desse problema.       A princípio, é importante destacar que uma parcela significativa dos jovens brasileiros ainda assume uma posição de neutralidade quanto às decisões a serem tomadas, no que diz respeito a assuntos governamentais. Essa postura é causada - na maioria das vezes - porque a sociedade já está conformada com atos de corrupção e descaso com a população. De mesma maneira, isso gera um comodismo da massa de jovens - que representa cerca de 45 dos 144 milhões de eleitores aptos a votar - e, consequentemente, fortes demagogias políticas, nas quais apenas alguns cidadãos decidem o futuro do país conforme seus interesses individuais.       Ademais, vale salientar as manifestações estritamente cibernéticas como impulsionadores do problema. Esses movimentos se mostraram, na maioria das vezes, ineficientes, visto que tais "manifestantes de sofá" não se engajam em debates, discussões e movimentos fora da internet. Assim, tais ativismos não causam impacto direto nos governantes, que continuam tomando atitudes que fogem da busca pelo bem comum. Dessa forma, é preciso que a juventude brasileira participe ativamente das decisões que regem o futuro do nosso país, sob a ótica do filósofo grego Aristóteles, o qual afirma que o homem é um animal político.       Infere-se, portanto, que medidas sejam  tomadas para resolver o impasse. Nesse sentido, é imprescindível que o Ministério da Educação (MEC) estimule a participação política dos jovens, mediante palestras e mesas redondas em universidades públicas e privadas, abrangendo assuntos de cunho político e econômico. Tal medida visa a inserção, de forma veemente, do jovem em assuntos governamentais, contribuindo para a universalização do pensamento; ideia proposta há séculos por Sócrates na Grécia antiga.