Enviada em: 29/05/2019

Em junho de 2013 o Brasil acompanhou de forma passiva - através de revistas, jornais e internet - e ativa - indo às ruas - o conjunto de protestos conhecido como "Jornadas de Junho" ou, mais popularmente, como as "Manifestações dos '20 centavos'", este último nome foi dado por conta de uma das motivações iniciais que foi o aumento de 20 centavos nas passagens de ônibus em São Paulo. Mas por falta de experiência dos manifestantes - em sua maioria jovens entre 17 e 30 anos -, o foco dos protestos balançou desde o pedido de passe livre, até o combate à corrupção. Por isso, é necessário pensar em formas de aumentar e qualificar a participação política da juventude no país, para dar voz à essa grande parcela da população. Infelizmente no Brasil, desde o início dos anos 90, após as manifestações que pediram a saída do então presidente Collor, a participação dos jovens na política passou a ser bastante discreta, de modo que poucas pessoas com menos de 30 anos se interessava em fazer parte da política e os poucos que tentavam não eram levados tão a sério pelos políticos mais experientes como deveriam ser. Entretanto, com o advento da internet e a popularização das mídias sociais, foi possível facilitar o contato entre pessoas espalhadas por todo o país. Dessa forma, foram organizados diversos outros protestos após junho de 2013, movimentos estes que reuniram pessoas com pensamentos em comum nas suas respectivas cidades, além de organizar as pautas e definir as palavras de ordem, como ocorreu em 2014 com o bordão "não vai ter copa" e, mais tarde, com o as mobilizações pró-impeachment da presidente Dilma em 2015. Esse aumento da participação mais jovem na política já se reflete na câmara dos deputados quando a média de idade dos parlamentares passou de 50 em 2014 para 49 em 2018. Por tanto, afim de enriquecer ainda mais o debate público e inserir de forma qualificada a população mais jovem do Brasil na política, é necessário que o ministério da cultura em parceria com o ministério da educação, através de visitas periódicas nas instituições de ensino básico, introduza no convívio escolar a política, incentivando a participação em debates e discussões de assuntos de interesse à toda a sociedade. Dessa forma, os cidadãos terão um contato mais próximo com o tema desde a infância, assim, desenvolvendo um melhor pensamento crítico e, finalmente, enriquecendo o debate político com o passar dos anos.