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Enviada em: 24/06/2019

No século XX, várias foram as formas de participação política do jovem no Brasil, dentre elas, o movimento “Diretas já” que pedia pela volta da eleição direta. Antagônico a esse acontecimento, hoje, não há um engajamento ativo do jovem brasileiro na política, e pouco se faz para resolver questões como essa – de consequências nefastas, haja vista que a participação política é um dos preceitos de cidadania. Nesse contexto, o incentivo ao engajamento jovem na política brasileira é um desafio que se deve a corrupção na política e à falta de educação política.      A priori, a descrença do jovem brasileiro para com a política é uma conjuntura que precisa ser analisada por um prisma sociocultural. De tal modo, compreende-se a relevância da desonestidade dos políticos brasileiros. Tal realidade é ratificada pelas diversas crises político-econômicas geradas pela corrupção que afligem as famílias brasileiras na atualidade. Em vista disso, o jovem, que hoje representa cerca 34% do eleitorado brasileiro, vê-se cada vez menos engajado. Por essa razão, urge a necessidade de elaborar medidas que lidem com a imoralidade na política.      Outrossim, vale ressaltar como o paradigma da ignorância política importa para essa reflexão. Isso porque segundo Nelson Mandela, a educação é a ferramenta mais poderosa para mudar o mundo. Tal pensamento é legitimado através do engajamento de um jovem politicamente instruído, contudo o jovem brasileiro demonstra a falta de educação política ao ficarem acomodados, individualistas e presos apenas na militância virtual. Dessa forma, são precisos novos paradigmas como sustentáculo de uma jovem sociedade mais engajada politicamente.      Portanto, diligências são necessárias para combater a falta de envolvimento do jovem brasileiro na política. O Estado, de caráter inclusivo e democrático, mediante a parcerias com as mídias sociais – influenciadores em redes sociais de grande utilização da população jovem – deve realizar campanhas de inclusão política a fim de instruir o jovem brasileiro politicamente. O Ministério da Educação, por seu turno, deve criar projetos de inserção dos jovens nas instituições políticas, uma vez que cabe a ele fazer a ponte entre o jovem em formação e o governo. Só assim, os jovens de hoje terão o mesmo engajamento dos jovens das manifestações do século XX.