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Enviada em: 30/06/2019

A Constituição do Brasil, em 1988, permitiu que os jovens acima de 16 anos expressassem seus ideais políticos por meio do voto, uma grande conquista para a juventude. Hodiernamente, entretanto, com a grande difusão de informações na internet, a alienação política nesse público a cada dia, de modo a mecanizar seus ideais no sentido de um único ponto de vista e a desestimular seus pensamentos críticos, importantíssimos no processo de escolha e efetuação do voto.       Precipuamente, é incontrovertível que, na atual sociedade globalizada, o jovem tem muito mais acesso à internet. Nesse sentido, infere-se que opiniões distintas e debates políticos sejam frequentes na esfera virtual, mas não são. Isso ocorre porque, na virtualidade, o cidadão tem acesso àquilo que desperta-lhe o interesse, logo, a probabilidade de que ele se depare com uma opinião divergente à sua é muito pequena. Assim, um grande grupo de pessoas, majoritariamente jovens, prende-se em uma bolha de ideologias satisfatórias e semelhantes, de modo a impossibilitar o desenvolvimento e a ampliação do repertório sócio-político desse público e a contradizer a filosofia do escritor brasileiro Augusto Cury, a qual defende o debate de ideias e seus benefícios à sociedade.          Consequentemente, o jovem, ainda dentro da bolha, tornar-se-á cego com a constante alienação, fato este que desencorajará sua criticidade e unificará o ponto de vista político da juventude brasileira contemporânea. Essa unificação de ideias torna-se perigosa no momento em que os jovens aceitam passivamente os ideais expostos na internet e, em virtude disso, os resultados das eleições serão fortemente influenciados, uma vez que o referido público representa cerca de 32% do eleitorado nacional, conforme dados do blog Estadão. Além desse, outro motivo que justifica a periculosidade do decrescente senso crítico juvenil é a necessidade de mudanças no país, o qual carrega até hoje os prejuízos de um contexto político corrupto e pouco eficiente.       Dado o exposto, portanto, é evidente que o jovem deve impedir a alienação o qual se encontra, mediante estudos aprofundados sobre a história Política do Brasil, com a finalidade de esclarecer o seu verdadeiro ponto de vista. Ademais, o Ministério da Educação (MEC), em parceria com as redes sociais - como o Facebook e o Instagram -, deve promover debates ideo-políticos regulares entre os jovens, com o fito de incentivar a agradável troca de ideias e estimular a criticidade destes. Outrossim, a fim de garantir que a juventude esteja atualizada e se mantenha interessada sobre o contexto político do país, o MEC e as emissoras de televisão devem propiciar palestras lúdicas e informativas na programação com a presença de professores e estudiosos da área. Dessa forma, somente, será possível que os jovens brasileiros participem da política mais preparados e críticos, visto que são o futuro da nação.