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Enviada em: 04/07/2019

Nas eleições de outubro de 2018 para presidente, governadores, senadores e deputados brasileiros, o número de eleitores chegou aos 147 milhões, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Conforme as pesquisas realizadas pelo Tribunal, o índice cresceu pouco mais de 3% em comparação às eleições de 2014. Todavia, a porção de votantes jovens (de 16 e 17 anos) diminuiu aproximadamente 14%. Em suma, a participação e o interesse jovial pela política brasileira decresceu drasticamente, evidenciando um nível de alerta.         Dessa forma, para ter melhor entendimento do porquê dessas porcentagens, o Instituto Data Popular realizou uma pesquisa com três mil e quinhentos jovens do Brasil. Ademais, a pesquisa expõe que a maioria dos jovens contribui para a renda de seu núcleo familiar, forma opinião, induz o voto familiar e também pode decidir as eleições. Entretanto, pouco mais da metade dos jovens entrevistados mostra-se indecisa ou opositora à política brasileira. Por outro lado, 63% dos interrogados almejam mudanças no sistema do país e, 70% acreditam que o voto possa mudar a condição brasileira. Sendo assim, a grande descrença da população jovem brasileira dá-se principalmente pela incerteza e falta de representatividade política, seja por parte de ideologia ou de outros elementos.        Tendo em vista a pesquisa realizada em 2014 denominada Sonho Brasileiro da Política, é possível traçar perfis superficiais de jovens e sua participação na política. Conforme os índices dos estudos, 39% dos jovens estão alheios à política e 61% se interessam pela mesma. Tendo como enfoque os jovens interessados, há a repartição em vários subgrupos: 17% estão introduzindo-se na política e não possuem posicionamento; 24% possuem ponto de vista político e conseguem influenciar outros indivíduos apenas no mundo virtual; os 8% restantes dividem-se em dois grupos: 8% destes realizam atividades sociais ligadas à ONG’s e instituições sociais e 8% atuam desenvolvendo novas formas de transformar a política brasileira. Em síntese, é perceptível que a desconexão do jovem com a política brasileira provém do modo diferente de fazer política; a forma como a política brasileira está estruturada não condiz com a que o jovem vive.        Portanto, é notório que um dos primeiros empecilhos que deve ser combatido para que a participação jovial seja mais efetiva, é a falta de comunicação entre a forma que a conduta brasileira política está formulada e o jovem. Sendo assim, o TSE deve reunir-se com jovens atuantes do meio político para realizar seminários com o objetivo de ouvir a voz contemporânea brasileira. Em sequência, há a necessidade de criar uma área no Congresso Nacional para que testemunhem decisões políticas do país e também possam intervir em decisões de cunho jovial.