O Rigime Militar de 1964 no Brasil, foi um período marcado por grandes manifestações políticas do público jovem. Apesar do país ter vivenciado grandes episódios de atuação efetiva dessa população, hoje a situação se apresenta de forma contrária, uma vez que o descrédito e o desconhecimento acerca do assunto, são fatores evidentes para o desenvolvimento da situação. Nesse ínterim, convém ressaltar que o Brasil atual passa por uma crise de representatividade política, haja vista que os representantes políticos não desempenham seu papel de forma cidadã. Nesse sentido, o jovem brasileiro apresenta uma descrença ligada às formas de governança atual, pois o estilo de política tradicional distancia-se dos assuntos de interesse desse indivíduo. Assim, os dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral apontam uma redução de 14,53% dos jovens nas eleições de 2018, de modo que confirmam o atual quadro supracitado. Além do mais, é válido apontar que o desconhecimento voltado aos assuntos políticos, faz-se presente na população jovem brasileira contemporânea. Nesse viés, a máxima de Immanuel Kant, "O homem é aquilo que a educação faz dele.", demonstra que uma base provida de conhecimento, cria um indivíduo participativo e detentor de escolhas racionais no âmbito político. Logo, fica clara a importância do incentivo à debates e a participação ativa do jovem nesses ambientes. Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para a mudança do quadro vigente. Dessa forma, o Ministério da Educação e Cultura, em parceria com escolas de ensino básico, deve inserir na grade curricular aulas com assuntos voltados à política, por meio de debates nas disciplinas de história e sociologia. Ademais, o Supremo Tribunal Eleitoral, em parceria com redes sociais, deve incentivar os debates e a participação efetiva do público jovem na política, colocando em pauta as problemáticas vivenciadas pela sociedade. Feito isso, o empasse passará a ser uma mazela da história brasileira.