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Enviada em: 26/08/2019

O movimento do Passe Livre, em 2013, e a ocupação das escolas, em 2016, foram apenas o prelúdio da busca do jovem por mais espaço nas decisões políticas do país. Nesse sentido, a juventude brasileira hodierna tem demonstrado cada vez mais insatisfação com a política nacional e luta por mudanças efetivas nesse cenário. Com efeito, é necessário que cada vez mais jovens tomem consciência de seus direitos e que o Estado dialogue com essa parcela da polulação.       Por um lado, o jovem brasileiro demonstra certa aversão à política institucional do Brasil, desgastada pelos casos de corrupção e de discussões ideológicas fúteis, que não satisfazem às necessidades reais e urgentes da população. Os que tentam se inserir no ambiente político com boas intenções acabam se desencantando diante do conflito de interesses partidários nas decisões públicas, negociando votos e financiamentos de campanhas, em favor de interesses particulares. Tudo isso acaba por deturpar os ideiais aprendidos na vida escolar e acadêmica.       Por outro lado, há uma busca de meios alternativos de engajamento e militância, em que prevalecem movimentos de caráter apartidário, tratando de pautas importantes na vida do jovem, como educação, sustentabilidade sócio-ambiental e gênero. Nesse contexto, as redes sociais tem o importante papel de catalisador de ideias e de ferramenta de mobilização e organização de manifestações, tal qual ocorreu na Primavera Árabe. Com esse novo alento, os jovens demonstram sua força coletiva a fim de serem ouvidos pelo Governo.       Diante do exposto, resta claro que os jovens tem demonstrado interesse nos rumos da política brasileira e representam um grupo que luta por mudanças no "fazer político" brasileiro. Cabe, portanto, ao Poder Público, tanto em âmbito Federal, quanto em Estadual e Municipal, prover mecanismos de participação direta ao cidadão, como audiências e consultas públicas, plebiscitos e referendos, a fim de discutir a implementação de políticas públicas em favor dessa população.