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Enviada em: 26/08/2019

O movimento de protestos de maio de 1968, em Paris, mostrou a força política dos jovens, principalmente por ter motivado diversos movimentos revolucionários no mundo. Nesse sentido, percebe-se que a participação política dessa classe tem sido crescente e, em boa parte, desvinculada de interesses partidários. Logo, medidas precisam ser implantadas para facilitar o engajamento dessas pessoas, representantes de mais de 30% do eleitorado brasileiro.     Em primeiro plano, quando pesquisas do G1 mostram que a participação dos adolescentes entre 16 e 17 anos nas eleições do ano de 2018 é a menor desde 2002, evidenciam a falta de perspectiva em razão da crise política desde 2014 e apontam para uma decadência do modelo tradicional político. Isso se mostra na desconexão dos candidatos e eleitores, já que para muitos não existe o aspirante com um plano de governo que represente os interesses dessa faixa etária.     Ademais, apesar da grande renovação sofrida pelo congresso nas eleições de 2018, em especial na câmara dos deputados, que teve a maior renovação em 20 anos, ainda há pouca representação jovem. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a idade média dos deputados é de 49 anos, mesmo que tenha tido grande número de candidatos abaixo dos 35 anos concorrendo às vagas. Observa-se, então, que apesar da ativa participação juvenil na politica, não há a concretização disso em aumento do número de jovens no congresso.       Tendo-se em mente todas essas questões sobre a participação política de jovens brasileiros, é importante que a mídia social atue de forma mais incisiva, criando publicações que incentivem os jovens a terem uma voz na política não só como militantes mas também como parlamentares. Assim, teriam maiores recursos para atender a real demanda desse grupo social. Outrossim, a realização de debates organizados em ambientes acadêmicos é uma ação que democratizaria o acesso à informação sobre pautas que atinjam esse estrato, tornando o Brasil um país mais justo.