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Enviada em: 27/08/2019

No contexto histórico, a Ditadura Militar foi marcada pela incerteza política e perseguição aos opositores. Durante esse período, o movimento juvenil tornou-se a principal forma de resistência ao regime opressor. Nesse sentido, tal mobilização é essencial na busca pela participação política, ao refletir em notórias manifestações. Na atualidade, apesar de amparado pela liberdade de expressão e pela tecnologia, o modelo vigente ainda porta resquícios históricos negativos, os quais desestimulam o jovem a lutar pelos seus direitos. Sendo assim, faz-se necessário desconstruir esse legado a fim de estimular o exercício da cidadania.         Em primeiro lugar, a persistência de hábitos coloniais é fator que sustenta essa realidade. Isso porque, os partidos políticos não tratam o jovem como prioridade, fazendo com que não existam muitos representantes dessa faixa etária nos órgãos governamentais. Tal condição demonstra que, embora busquem por mudança, os jovens não sabem como conquistá-la, uma vez que possuem pouca correspondência na estrutura partidária. Consequentemente, cerca  de 60% jovens brasileiros acredita que o país estaria melhor se não houvesse partido político, conforme pesquisa veiculada pela Folha de São Paulo. Dessa forma, incluir esses indivíduos nesse âmbito é fator primordial na busca pela motivação.     Ressalte-se, ainda, que as redes sociais acabam assumindo grande relevância nesse cenário. Coordenar milhões de pessoas num prazo curto era impossível nos tempos dos megafones e caminhões de som. Na contemporaneidade, no entanto, o compartilhamento de uma mensagem ou de um vídeo tornou-se um gatilho para reunir uma multidão em torno de uma causa. Exemplo disso foram as manifestações ocorridas em 2014, as quais utilizaram o ''Facebook'' e o ''Whatsapp''  como ferramenta para mobilizar a população, em especial, a juventude. Assim, os usuários descobriram que podem influenciar politicamente com seu pronunciamento público, tornando o meio virtual uma Ágora da atualidade.       Infere-se, portanto, que a efetiva participação política dos jovens brasileiros enfrenta obstáculos. Logo, para modificar essa realidade, é necessário, primeiramente, que os partidos políticos desconstruam a antiga política, ao atrair a juventude para esse meio, através da  transmissão de idéias e propostas que possam envolver seu interesse, bem como estimular a torná-los candidatos, com o intuito de promover o diálogo entre as duas faces. Ademais, a internet deve ser aliada dessa nova forma de participação, ao constituir um território onde a política inicia sua caminhada em direção a um reencontro com os jovens brasileiros.