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Enviada em: 19/08/2019

Para Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações do mundo moderno é a característica principal da "modernidade líquida" vivenciada no século XX. Distante da sociologia aplicada por Bauman, a carência da participação dos jovens na política é uma realidade no Brasil. Essa situação ocorre, por que - na maioria das vezes - a falta de interesse dos adolescentes na política é encarada com naturalidade, além disso, a atuação de políticas públicas que visem mudar essa perspectiva é inexistente.    Com efeito, a Constituição de 1988 contribuiu muito nos últimos anos para o reconhecimento do direito ao voto a todos. Entretanto, não são poucas as evidências que comprovam a ausência de interesse dos jovens e a sua participação na política. Na maioria dos casos, a carência dessa parcela da população se dá pela falta de estímulo da sociedade e a ausência de informações com relação à atual situação política brasileira. Nessa perspectiva, dados do Data Popular afirmam que "quatro em cada dez jovens admitem entender sobre a política", fator determinante que comprova a insuficiência de informações da maior parte dos jovens a respeito da política e a sua atuação na sociedade.    Outrossim, o jornalista Gilberto Dimmenstein disserta em seu livro "Cidadão de Papel" que os direitos dos brasileiros figuram tão somente na teoria. A ausência de políticas públicas - as quais busquem garantir a maior participação da juventude na escolha de representantes políticos - contribui para a disseminação da falta de interesse ao voto e torna-se um desafio combater esse processo presente na sociedade. Além disso, constrói-se uma cultura de não valorização à importância da inclusão dos jovens no meio político, colaborando para o maior índice de casos, seja em qualquer manifestação em que ela ocorra.    Destarte, a carência da participação dos jovens na atual situação política brasileira é uma realidade e precisa ser amenizada. É dever do Estado, juntamente com a atuação de Organizações Não Governamentais e o Ministério de Educação e Cultura (MEC), a criação - por meio de verbas governamentais - e a ministração de palestras mensalmente em instituições de ensino, que visem ampliar, por meio da informação e da educação, a importância da participação da juventude na política, a fim de conscientizar e estimular os jovens brasileiros sobre os seus direitos e a sua importante atuação na escolha de seus governantes para que a ação política e a ação dos novatos tornem-se coincidentes e se voltem para a construção do futuro em meio a uma sociedade conservadora. Assim, tal conceito aplicado por Bauman diante das relações fluídas do mundo moderno, transforme os parâmetros da sociedade.