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Enviada em: 13/08/2019

No filme Persepolis, é narrado a história de uma jovem chamada Marjane, que, insatisfeita com o sistema político do seu país, decidiu lutar pelos seus direitos, já que não mais se identificava com o governo vigente. Tal perspectiva não se distancia da realidade brasileira na contemporaneidade. Isso porque, desde o movimento "Diretas Já!", ocorrido no período da ditadura, a juventude começou a ser inserida no cenário político. Dessa maneira, fatores que negligenciam a participação política da juventude devem ser revistos.        É válido pontuar, a princípio, que a participação do jovem na política ainda é um percalço a ser superado. Isso porque, embora, aproximadamente 71% da juventude está interessada na política - dados oficiais divulgados pelo portal Globo de notícias - poucos conhecem intrinsecamente a ciência política. Esse viés é explicado, geralmente, devido à falta de uma educação estruturada, pois não apresenta como disciplina básica, a matéria de Ciência Política na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o que faria com que os imberbes tivessem conhecimentos mais profundos desde a fase mais tenra da sua vida,  sobre a politica. Logo, a falta de incentivo, não raro, por meio da educação é crucial para que ainda haja jovens desinteressados pela política.          Ademais, outro fator preponderante que desestimula a participação do jovem no ambiente político, é a impunidade. Pois, mesmo com os protestos - como ocorrido em 2013 pela massa jovem que buscavam melhorias nos serviços públicos -  ainda persistiram no cenário político do país escândalos de corrupção. Nesse contexto, consoante ao resultado do levantamento feito pelo Tribunal Superior Eleitoral, aproximadamente duzentos mil eleitores entre 16 a 17 anos deixaram de votar nas eleições de 2018. Assim, a corrupção da velha política foi hegemônico para desestimular a juventude na política.        Diante os fatos supracitados, é indubitável que ainda há entraves no que tange à participação poçitica do jovem no Brasil contemporâneo. Portanto, o Ministério da Educação (MEC) deve incluir a disciplina Ciência Política como obrigatória e avaliativa na grade curricular, uma vez que essa ampliará o conhecimento sobre movimentos, estruturas e ideologias políticas, entre outras razões que irá permitir o jovem se identificar com sua personalidade política. Essa medida pode ser feita por meio da aprovação no Congresso, a fim de tornar o jovem mais engajado no espectro político. Outrossim, cabe ao Ministério da Justiça intensificar a investigação no direcionamento de verbas pública, por meio da contratação de mais agentes federais, com intuito de diminuir a corrupção. Somente assim, poder-se-á encorajar jovens no ambiente político, assim como a jovem Marjane.