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Enviada em: 25/08/2019

Durante o período dos anos 80, houve uma grande manifestação conhecida como "Diretas já" no Brasil, ao longo da ditadura militar. Contava com uma ampla massa de jovens que cresceu em meio a esse período, tendo como objetivo reivindicar por eleições presidenciais e uma maior participação política. Com a Constituição de 1988 foi aprovado o voto para menores, a partir de 16 anos, permitindo a eleição para presidente em 1989, tornando-se um marco no início da democracia. Porém, a juventude dos dias de hoje não está mais tão ativa quanto antes, gerando um questionamento sobre o assunto.       De acordo com o site do G1, a participação dos adolescentes entre 16 e 17 anos em 2018 é a menor desde 2002. Um dos motivos para essa queda é a falta de perspectiva  por causa da crise na política desde 2014, promovendo um grande desinteresse e apontando para uma decadência do modelo tradicional político. Como também a desconexão dos candidatos e eleitores, já que para muitos não existe o aspirante com um plano de governo bastante convincente. Além disso, tem a falta de debates nas famílias e nas escolas, que preferem ignorar o assunto ao invés de ter uma discussão sobre o tema.         Contudo, ser ativo politicamente não se limita apenas a votar, e sim buscar e exigir os direitos de todo cidadão ao Estado. Pois muitas vezes, o jovem que não vota, se esforça mais para ter seus benefícios  do que o outro que é obrigado a comparecer às urnas. Portanto, pode-se ver uma juventude empenhada e participativa, seja por redes sociais ou nas ruas, como nas grandes manifestações em 2013, mostrando uma outra forma de se fazer política. Sendo assim, que sejamos como Gonzaguinha, que acredita na rapaziada, pois eles buscam a manhã desejada.           Levando-se em consideração esses aspectos,  percebe-se que os jovens ainda precisa de muita motivação para poder exercer seu papel como cidadão nas urnas. Portanto, é fundamental que o Ministério da Educação ponha em prática nas escolas debates sobre o assunto, respeitando as diferenças, mas que sirvam para construir seu pensamento crítico sobre política. Como também, o tema seja discutido de forma saudável nas famílias, de forma a orientar e motivar os jovens na hora de exercer o seu papel. Pois, há uma coincidência básica na ação política e na ação dos jovens, é que ambas se voltam para a construção do futuro.