Materiais:
Enviada em: 23/08/2019

Durante a Primavera Árabe, que foi uma onda de protestos populares contra governos no mundo árabe, ocorridas em 2011, evidenciou-se a influência dos jovens no meio político, tendo em vista que esses conseguiram a derrubada de governos ditatoriais e consequente implementação da democracia. Ao trazer-se para o contexto brasileiro, apesar dos grandes movimentos político-sociais ocorridos em 2013, é notório o pouco engajamento dos jovens no campo político. De um lado, tem-se a internet como meio de ativismo; do outro, a grande descrença, fruto dos escândalos de corrupção.       Em primeiro plano, vale ressaltar que a globalização e o advento da internet acarretaram a formação de jovens de jovens com mais voz, mas, também, mais passivos. De acordo com dados publicados pelo Data Folha, 92% dos jovens a acreditam em sua capacidade de mudar o mundo, e 80% creem na importância das atitudes políticas diárias, entretanto, por mais que os jovens sejam ativistas nas redes sociais, eles não vão de fato para as ruas, fator determinante para que efetivação de revoluções. Cria-se, aí, os manifestantes de sofá.     Em segundo plano, há ainda a grande descrença política por parte da população mais jovem, principalmente após os escândalos da operação lava-jato, iniciados em 2014. Segundo o filósofo grego Aristóteles, “o homem é um animal político”. A tese exposta vai em contradição com o cenário brasileiro ao passo que a política é associada à roubalheira e desonestidade, a população sente-se desmotivada, visto que o interesse das massas é negligenciado em prol de questão pessoais. Nesse tocante, os mais jovens, por conta de não conhecerem e presenciarem a política, de fato, tendem a ignorar essas questões.