Materiais:
Enviada em: 18/08/2019

É fato que a participação dos jovens nas mais variadas questões da sociedade é indispensável para a evolução social. No Brasil, em 1992, ocorreu o movimento juvenil "caras-pintadas" que solidificou os direitos civis garantido pela Constituição de 1988. Na contemporaneidade, entretanto, vê-se que o engajamento dos jovens na política brasileira tem diminuído, problema que corrompe possíveis avanços futuros. Diante disso, é de extrema importância analisar as causas dessa problemática.       Em primeiro lugar, cabe pontuar o desinteresse da população brasileira em participar dos processos políticos. Segundo o sociólogo Ruy Braga, a política do Brasil é perpetuada por interesses e costumes imorais. Seguindo tal linha de pensamento, nota-se que, devido a prática de corrupção, os jovens evitam participar das questões políticas do país. Em consequência disso, aspectos culturais do século XIX, período caracterizado pelo domínio e imobilismo governamental, persistem na sociedade.         Ademais, de acordo com o escritor Igor Rassoni, o uso das redes sociais cria uma ilusão de conquista nos indivíduos. Sobre isso, observa-se que, hoje, ações democráticas juvenis têm se restringido, em grande parte, à internet, a qual é pouco eficiente, já que, muitas vezes, reivindicações "online" não são levadas a sério pelos governantes. Desse modo, é necessário mudar essa conjuntura prejudicial ao desenvolvimento político da juventude nacional.    Portanto, para potencializar o engajamento político dos jovens, o Ministério da Educação, em parceria com o núcleo familial, deve, por meios de aulas de sociologia e debates frequentes, incentivar o empoderamento desse grupo nas questões democráticas, a fim de continuar o legado de luta promulgado pelos "caras-pintadas". Além disso, é papel da mídia mostrar, mediante propagandas, as possibilidades de melhorias da política brasileira. Assim, será possível reverter o cenário de exclusão juvenil.