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Enviada em: 18/08/2019

Durante a ditadura militar no Brasil diversos jovens influenciados pelo movimento hippie, o qual surgiu em 1960 nos Estados Unidos, lutavam por igualdade de direitos e liberdade de expressão. Entretanto, no contexto social vigente, é notória a comodidade de muitos indivíduos dessa fatia da sociedade, o que compromete a existência de um país mais harmônico politicamente e se deve a fatores como a negligência acadêmica estatal e a inação.     Em primeiro plano, tem-se que o comodismo é um item intrínseco de uma parcela significativa de jovens brasileiros, o que dificulta a maior inclusão desse grupo em situações de engajamento populacional. A marcha pela educação ocorrida em 2019 no Brasil em mais de 200 cidades que reuniu milhares de pessoas em protestos contra o corte de verbas em universidades e institutos federais demonstra o poder que essa categoria social tem se tiver a iniciativa de se posicionar de maneira contrária à medidas que lhe prejudiquem. Segundo o educador Paulo Freire, "Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda". Logo, pode-se ratificar a importância de um ensino de qualidade para que haja a maior quantidade de pessoas éticas e que tenham mais compromisso com relação à luta contra mazelas sociais.     Outro aspecto relevante na problemática é a falta de diligências governamentais no que tange ao estímulo do senso crítico de alunos pré- adolescentes e adolescentes nos centros escolares. A falta de veemência em debates políticos nas salas de aula, principalmente na esfera pública, mostra a fragilidade existente no incentivo da curiosidade acerca da saída da zona de conforto perante a análise de diferentes visões de mundo. Isso, ao tomar como base o pensamento do filósofo Immanuel Kant  de que o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele, acarreta em indivíduos com pouca capacidade de criticidade no que toca o âmbito político.    Evidenciam-se, portanto, os entraves presentes na participação política do jovem no Brasil contemporâneo. A fim de efetivar o envolvimento dessa classe em temáticas sociais e políticas e, consequentemente, atenuar a inação, cabe às Secretarias Municipais e Estaduais de Educação incluírem palestras ao menos uma vez por semana na grade escolar, as quais reúnam professores e alunos  exclusivamente do fundamental II e ensino médio e que abordem assuntos referentes a problemas nos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário por meio de representantes de cada área. Além disso, o Governo do Estado deve elaborar campanhas que ativem a vontade de indagação desse setor da pirâmide etária através da parceria com plataformas digitais e veículos de comunicação, os quais sabe-se que são presentes no cotidiano juvenil, para se obter um maior alcance de pessoas.