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Enviada em: 18/08/2019

A participação dos jovens nas questões politico-sociais é indispensável para a evolução da sociedade. Desde 1985, a ONU solidifica a juventude como um grupo de características e necessidades específicas, reiterando a autonomia, a emancipação dos jovens e o valor da participação social e política de forma direta, por meio de suas representações. Contudo, na contemporaneidade, vê-se que o engajamento dos jovens na política brasileira tem diminuído, problema que corrompe possíveis avanços futuros. Diante disso, é de extrema importância analisar as causas da problemática.       Primeiramente, cabe pontuar o desinteresse da população brasileira em participar dos processos políticos. Segundo o sociólogo Ruy Braga, a política do Brasil é perpetuada por interesses e costumes imorais. Seguindo tal linha de pensamento, nota-se que, devido a prática de corrupção, por exemplo,  os jovens evitam participar das questões políticas do país por medo de lutarem e de se imporem contrários ao sistema praticado, no qual pode resultar na perda de suas vidas. Em consequência disso, aspectos culturais do século XIX, período caracterizado pelo domínio e imobilismo governamental, persistem na sociedade.                         Em segundo lugar, além de haver o desinteresse em participar dos processos políticos, a união digital desenvolvida pelos jovens, como grupos em mídias sociais, gera uma ilusão de movimento politico. Atualmente, observa-se que ações democráticas juvenis se restringem, em grande parte, à internet, na qual é pouco eficiente, já que, muitas vezes, reivindicações "online" não são seriamente encaradas pelos governantes. Dessa maneira, de acordo com o sociólogo Zygmut Bauman, em seu livro "Modernidades Liquidas", o conceito de "Instituições Zumbis" se atrela a inoperância criada pela quimera disponibilizada pelo meio informático. Portanto, é necessário a mudança dessa conjuntura prejudicial ao desenvolvimento político da juventude nacional.     Logo, a problemática a respeito da ausência da juventude no cenário politico necessita ser alterada. Dessa maneira, para que se busque o espirito político e o anseio da luta por seus ideais, o Ministério da Educação, em parceria com as escolas privadas e públicas, deve, por meios de aulas de sociologia e debates frequentes a respeito da situação atual do país, incentivar o empoderamento dos jovens nas questões democráticas, a fim de continuar o legado promulgado pela ONU. Além disso, cabe a imprensa fazer a divulgação, através de propagandas e anúncios, da não associação das praticas irregulares à imagem da politica. Assim, será possível reverter o cenário de exclusão juvenil.