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Enviada em: 18/08/2019

Durante a revolução cultural ocorrida na década de 60, a juventude foi às ruas na luta por maior lugar de fala e representatividade. Em contrapartida, mesmo com a abertura para o debate fomentada pela internet, tal quadro de atuação juvenil na política ainda é pequena no Brasil hodierno, de modo a prejudicar a plena democracia. Com isso, fica claro o impasse, seja pela insuficiência estatal, seja pela mentalidade cívica passiva.   Decerto, avanços favoráveis à interação política do jovem foram concretizados, a exemplo do projeto Jovem Parlamentar, que estimula a participação dos jovens no Congresso. Porém, a falta de espaço à ação da juventude, como maior presença nos debates nas Câmaras Municipais, acaba atenuando o protagonismo da classe. Assim, nota-se o rompimento das gestões públicas com a óptica de Thomas Hobbes, que pontua o Estado como responsável pela harmonia coletiva, pois, apesar do conflito, há a carência de políticas efetivas.   Outrossim, vale ressaltar a lógica passiva civil como notória impulsionadora da problemática. Nesse ínterim, a influência da construção social é manifestada pela omissão política populacional que induz a reprodução da passividade pelo jovem, visto que este, levado pelo caráter normativo, vê tal posicionamento como aceitável. Dessa forma, observa-se a atuação da teoria da tábula rasa de John Locke, que defende o imperativo do âmbito no comportamento do cidadão, porque, pela vivência nesse cerne, o jovem não pratica seu papel ativo na sociedade.     Infere-se, portanto, a necessidade de medidas que revertam o contexto. Nesse caso, cabe às Câmaras Municipais ampliarem o território da juventude nos debates, por meio de um projeto que abra lugar aos estudantes nas sessões, a fim de atenuar a inobservância governamental. Ademais, compete às associações comunitárias, aliadas às famílias, o estímulo à atividade política, com a realização de saraus de diálogo nos bairros, para reduzir a visão passiva atual. Destarte, a cenário de participação juvenil vista na década de 60 será forte na nação.