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Enviada em: 22/08/2019

Na década de 80, o movimento Diretas Já foi a principal forma de participação política da juventude que marcou a história brasileira. Observa-se uma participação limitada da população jovem, causada pelo descrédito em relação às formas de atuação no meio público. Apesar de crucial na atuação para as transformações político-sociais, atualmente há um negligenciamento por parte dessa nova faixa etária.  A priori, a falta de representatividade reflete uma herança histórica de baixa participação popular, bem como a corrupção que acarreta a insatisfação da juventude. De acordo com o G1 21,6% dos jovens somente tiraram o título eleitoral em 2018, esse fato ocorreu por falta de identificação com partidos e desilusão diante um cenário de escândalos relacionados à corrupção. Além disso, os jovens são erroneamente classificados como alienados o que contribui para situação atual.  Em segundo plano, o filósofo Aristóteles dizia que o homem é um ser político, no entanto no Brasil a falta de acesso a uma educação de qualidade que priorize conceitos ligados à cidadania corroboram para a banalização por parte da nova faixa etária. O desconhecimento das diversas formas de participação política, falta de estimulo e discussões críticas no ambiente escolar e familiar contribuem para a má formação do indivíduo como um cidadão e ser crítico.  Destarte, urge que o Ministério da Educação (MEC) incentive a formação de grêmios estudantis e abordagem de questões sociais e políticas fora do senso comum na escola por meio de projetos, apresentação de formas das diversas formas de cooperação e histórias de atuação em eventos nacionais por parte da juventude- além disso, o treinamento de professores para a abordagem qualificada das escolas é extremamente importante- com o intuito de integrar os jovens à sociedade e desenvolver o pensamento crítico.