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Enviada em: 26/08/2019

A passeata dos 100 mil, composta, majoritariamente, por jovens e estudantes, representou a força da participação política nas ruas durante o período dos Anos de Chumbo. No entanto, hodiernamente, percebe-se mudanças significativas no engajamento desses grupos tanto relacionada ao interesse e ao fazer político.    Primeiramente, é importante destacar que o desinteresse gerado na população jovem é oriunda do sentimento de irrepresentatividade nos membros e candidatos ao governo. Ademais, consoante Aristóteles no livro “Ética a Nicômaco”, a política serve para garantir a felicidade dos cidadãos, porém constata-se que essa não é a realidade dos jovens brasileiros visto que a porcentagem de votantes diminuiu em 14,5 entre pessoas de 16 e 17 anos entre 2014 e 2018, segundo dados do Tribunal Superior Federal (TSE).       Outro fator preponderante tange à estreita relação da internet -um dos principais meios de propagação de opinião em massa, inclusive no âmbito político- com os jovens. Dessa forma, é relevante salientar o poder atribuído aos movimentos após o advento da internet como a Primavera Árabe, que foi organizado virtualmente para depor o presidente da Tunísia e se estendeu por vários outros países. Assim, conclui-se que com a dinamização da circulação ideológica houve o aumento da visibilidade e mobilização dos movimentos.      Fica evidente, portanto, que é papel das escolas, consoante ao Ministério da Educação, promover a inserção dos jovens no contexto político através dos debates e palestras afim de elucidar a importância da participação política para a manutenção da cidadania. Desse modo, movimentos em prol dos interesses da juventude, como a Passeata dos 100 mil, ganhará proporções ainda maiores.