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Enviada em: 19/08/2019

A criação da União Nacional dos Estudantes em 1937 legitimou o envolvimento estudantil em debates e decisões como parte dos movimentos sociais. No entanto, apesar dessa conquista, hodiernamente, os jovens encontram impasses para participarem das transformações do país por meio da política, fato corroborado por aspectos educacionais e governamentais.                                                                          Em primeira análise, destaca-se os impasses para a realização de pautas requeridas ao Poder Público. De acordo como sociólogo Rousseau," o homem nasce livre, mas por toda parte encontra-se acorrentado". Essa teoria parece fazer alusão aos bloqueios sofridos por essa parcela da população ao tentarem participar das decisões políticas brasileiras, visto que suas exigências, como a melhoria das universidades e dos transportes coletivos, não recebem prioridade pelos governantes. Nesse sentido, a ausência de representatividade distancia boa parte da juventude cidadã de se tornarem ativos, durante toda a vida, na luta por alteridade e melhores condições sociais.                                                                 Concomitante a essa dimensão estrutural, deve-se salientar a postura incoerente das instituições de ensino. Consoante à teoria Educação Libertária do filósofo Paulo Freire, " as escolas são ferramentas para as transformações sociais". Com efeito, apesar do aforismo, a aplicação de conteúdos de forma arbitrária e  mecânica em detrimento de assuntos que aproximam os discentes de reflexões políticas, como o estudo de Ciências Humanas, vai de encontro a essa ideia. Desse modo, a manipulação intelectual torna-se frequente, gerada sobretudo por aqueles que detêm o poder de decisões e midiático, o que favorece a propagação de comportamentos sem questionamentos.                                    Portanto, evidencia-se a necessidade de maior inclusão desse segmento na participação política. Logo, as escolas com o auxílio dos professores de História, Filosofia e Sociologia, devem desenvolver projetos que ampliem o conhecimento acerca dos proveitos sociais proporcionados pelas manifestações, por meio de cartazes que exibam toda a linha cronológica do contexto que desencadeou os antigos protestos, a fim de gerar nos estudantes o desejo de atuar constantemente nas decisões governamentais. Assim, tornaremos o Brasil mais justo e democrático.