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Enviada em: 25/08/2019

No século XVIII, o aumento abusivo de impostos a uma população paupérrima, enquanto uma minoria abastada e dispendiosa desfrutava de privilégios favoreceu o surgimento de um processo emancipatório a favor das liberdades individuais: A Revolução Francesa. Na era pós-moderna, todavia, o individualismo latente no ator não motiva esse a lutar por proezas políticas conjuntas, porquanto o jovem está mais interessado em adquirir conquistas pessoais. Ademais, periódicos escândalos de corrupção atrelado ao sucateamento dos serviços públicos favorece a disseminação de cidadãos desiludidos e despreocupados com a política nacional.             Primeiramente, na década de 1960, a passeata dos 100 mil se configurou como um movimento expoente de luta pela abertura dos direitos sociais em resposta a um governo extremamente autoritário. No entanto, os jovens pertencentes a geração Z, mesmo vivendo em um sistema democrático de direito, não se empenham em conhecer e participar mais da política pública. Isso decorre do fato de, sob a ótica de Bauman, a liquidez das relações interpessoais e materiais provocar a formação de seres individualistas que se importam mais com suas perspectivas pessoais – como alcançar uma vaga na universidade ou conseguir um emprego de elevado status social – do que em debater ativamente sobre a situação brasileira.            Em segundo exposto, segundo Thomas Hobbes, a inexistência do aparelho estadual provoca uma situação de barbárie generalizada no seio coletivo. Nesse sentido, é importante destacar que, tradicionalmente, os governantes brasileiros estiveram orientados a se apropriar de forma indevida dos recursos gerais para a constituição de fortunas particulares. Desse modo, ocorre a construção de um cenário em que a deterioração do sistema de ensino brasileiro, altos índices de violência aliado ao caos na saúde pública leva o cidadão a ficar inerte diante do brutal desrespeito referente às suas vantagens constitucionais.              Destarte, no intuito de capacitar o cidadão a se engajar politicamente, urge que a Escola – no papel dos educadores – organize visitas periódicas as prefeituras e câmaras municipais em que os alunos, por meio de debates previamente organizados em classe, poderão confrontar os governantes sobre os projetos de lei e melhorias sociais feitas pelo governante. Por fim, é preciso que o setor legislativo estabeleça um maior endurecimento nas leis referentes aos políticos que usurpam as verbas públicas, mediante a apreensão imediata e definitiva de todos os bens financeiros como também a impossibilidade de se candidatar novamente, a fim de propiciar um aumento substancial de eleitores satisfeitos com um sistema mais justo e capaz.