Materiais:
Enviada em: 19/08/2019

O movimento estudantil ocorrido na década de 90 e conhecido como “Caras Pintadas” foi responsável por marcar socialmente o cenário das manifestações políticas brasileiras. Essa mudança desencadeada pela participação efetiva de jovens que, naquela época, buscavam o impeachment de Collor, desde então, vem se mostrando, cada vez, mais comum (e positiva) no campo dos movimentos sociais, o que se deve a fatores como o maior acesso à informação e o advento das redes sociais.     A princípio, verifica-se que a viabilidade em adquirir conteúdos relacionados a História do Brasil auxilia o interesse dos jovens em participar da política atual. Dessa forma, o processo marcado pela desconstrução da ideia de que a ciência das relações está voltada, somente, ao governo, instrui a percepção de que o encadeamento público está também presente no cotidiano. Sob esse viés, a facilidade (propiciada pela internet) em adquirir conhecimentos sobre a política nacional e de mundo, auxilia numa melhor “preparação” do jovem para analisar tanto os vínculos sociais como propostas governamentais. Como resultado, esse indivíduo, geralmente, apresenta uma maior abertura mental para criticar e se posicionar diante de ações e medidas sugeridas pelos três poderes.     Ademais, outro fator que influencia a participação de pessoas mais jovens em causas públicas é a utilização das mídias sociais. Estas auxiliam no engajamento das manifestações virtuais ou físicas devido a facilidade de comunicação e compartilhamento, além de servir como um meio de organização coletiva para ferramentas de intervenção, como, por exemplo, os movimentos sociais. Essas manifestações, comparadas a teoria da luta de classes de Karl Marx, defrontam-se do confronto entre grupos distintos, em que, o oprimido, no caso, as minorias, necessitam se mobilizar perante o opressor (governo) para garantir a mudança da situação, em suma, seus direitos.     Infere-se, portanto, a necessidade de uma maior atividade dos jovens no cenário público atual. Para que indivíduos ativos e conscientes se façam, cada vez, mais presente na política atual, os Ministérios da Educação e Ciências, Tecnologia, Inovações e Comunicações devem investir na disponibilidade de assuntos públicos relacionados à história do país e à educação política, por intermédio da inovação e/ou criação de plataformas do governo que visem facilitar a redistribuição desses temas através de recursos visuais mais atrativos e dinâmicos, como no site “Politize!”, cujo objetivo é repassar assuntos públicos uma forma mais prática e simples. Dessa forma, torna-se mais atingível a participação de adolescentes nos assuntos sociais.