Enviada em: 26/08/2019

A democracia segundo o conceito ateniense, local que teve sua origem, é um regime político em que todos os cidadãos participam igualmente, sendo que no Brasil, atualmente, temos o modelo representativo em que os políticos são escolhidos pelo voto secreto e universal. Ocorre, no entanto, que os jovens no Brasil que representam quase um terço do eleitorado segundo o Tribunal Superior Eleitoral não tem interesse em política, e com isso afetam os rumos da política do país. De modo que, aqueles que poderiam contribuir para mudar esse cenário acabam por permitir, mesmo que indiretamente, que a velha política com seus "marajás" se perpetue.       Nesse sentido, é notável que existem pessoas que não tem interesse por política, entre eles grande contingente de jovens, principalmente por se frustrar com os problemas sociais, com a corrupção e com a ausência de perspectiva desse cenário. Todavia, essa é exatamente uma das causas da persistência da ausência de mudança, a falta de uma maior participação política dos jovens, principalmente por  estes terem uma mentalidade nova e atual, geralmente atualizada a realidade da sociedade. De modo que, poderiam, caso houvesse maior representação política, implementar melhorias mais efetivas  e conectas à sociedade.       Além disso, essa menor representação política, decorrente também de exígua participação, vai ao encontro do objetivo da democracia e da Carta Magna de 1988, que trazem em sua essência a busca por maior equidade e isonomia para todos os cidadãos de solo tupiniquim. Destarte, gera desequilíbrio e prejudica, uma parcela da população, sendo que este pensamento é corroborado pelo filósofo ateniense Aristóteles, que dizia que a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado. Prova disso, são os inúmeros casos de corrupção e escândalos de desvio de dinheiro público por políticos de "carreira" que com isso, que afetam toda a população, e em inúmeros casos afetam serviços públicos que poderiam ser de qualidade como saneamento, educação e saúde.       É imprescindível, portanto, haver uma constante oxigenação na política, para que cargo político não seja ferramenta de enriquecimento ilícito de alguns políticos em prol da carência da população e a participação dos jovens urge e é necessária. Poderia assim, através de movimentos estudantis como a UNE - União Nacional dos Estudantes, através de um proposta de lei popular, requerer a proporção de cotas a políticos com menos de 30 anos, além disso, adotar na grade curricular do ensino médio e fundamental a matéria de cidadania e noções de participação política. De modo que, os jovens não se afastem da política, pelo contrário, esse direito que foi conquistado seja valorizado e utilizado em benefício de todos e, assim, a democracia no Brasil fique ainda mais forte.