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Enviada em: 29/08/2019

Sem audição. Sem comunicação. Sem participação. A sociedade brasileira pode ser assim definida na contemporaneidade. Desde a ditadura militar, uma onda de desinteresse político, decorrente da corrupção partidária acomete a juventude da terra adorada. É evidente que mudanças no processo de engajamento político e suas formas de representatividade devem ser feitas para que a falta de participação política do jovem fique apenas no passado.       Primeiramente, embora a Constituição Federal de 1988 tenha ampliado o exercício de cidadania política, por meio do voto facultativo para idades entre 16 e 18 anos, não foi propiciado o comprometimento dos jovens com assuntos governamentais. Nesse sentido, afastada dos partidos e da política, a juventude brasileira, pouco quer saber sobre os fundamentos da economia e do desenvolvimento, pois, de um modo geral, possuem um olhar crítico para o futuro. Assim, a população segue com insatisfação sem saber onde conseguirá ser ouvida.       Outrossim, segundo pesquisa do Instituto Data Popular, 60% dos grupos juvenis acreditam que o país estaria melhor se não houvesse partidos políticos. Diante do resultado, a participação política ultrapassa as associações partidárias e o comparecimento às urnas, visto que, a sociedade contemporânea afastou-se, em relação às questões públicas, de envolvimentos com as vias tradicionais. Dessa forma, a juventude apartidária busca novas formas de representação.       Portanto, a ausência juvenil nas decisões sociais e a procura por novos meios de se expressarem politicamente evidenciam a necessidade de mudanças na estrutura políticas do país. A fim de propiciar um maior engajamento político dos jovens, cabe ao governo oferecer recursos para o pleno exercício da cidadania política, por meio de orientações de ONG's que tenham experiência comprovada nesse cenário específico de inclusão. Assim, haverá menos políticos analógicos e mais principiantes digitais engajados.