Materiais:
Enviada em: 20/08/2019

Os caras pintadas foi o nome pelo qual ficou conhecido o movimento estudantil que teve, como principal objetivo, o impeachment do então presidente Fernando Collor. Embora historicamente os jovens brasileiros sejam participantes ativos nos cenários políticos, o atual panorama retrata outra perspectiva. Fatores como: desilusão com a política e ausência de formação específica no ensino médio, demonstram a fragilidade do processo.    Em primeiro plano, de acordo com dados divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), aproximadamente 21% dos adolescentes com 16 ou 17 anos tiraram o título de eleitor para as eleições de 2018. Logo é perceptível a descrença dos jovens, quanto as possibilidades de mudanças, através  de seus votos, da realidade vivida. Dessa forma, essa parcela da população é carente de representantes na esfera governamental.    Ademais, a falta de uma grade curricular que contemple a temática de forma eficaz, com o intuito de contribuir para a construção de adultos autônomos, acarreta na formação de jovens desesperançosos. Hodiernamente, matérias como sociologia e filosofia, principais ferramentas  fomentadoras de pensamentos críticos, são rotineiramente negligenciadas, o que leva a quadros de desinteresse pela vida sociopolítica.   Portanto, é sabido que é de fundamental importância que a juventude aumente sensivelmente sua participação na esfera política. Diante de tais impasses, faz-se necessário que escolas que contemplem o ensino médio aumentem a carga horaria destinada a matérias que abordem o tema e possibilite discussões políticas, por meio de palestras com especialistas e debates estudantis gerando maior envolvimento dos alunos, para que a médio e longo prazo sejam formados jovens engajados com a política, munidos de pensamentos críticos e conscientes do seu dever.