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Enviada em: 20/08/2019

Em 2013, aconteceu uma grande mobilização social nas cidades brasileiras chamada Revolta dos Vinte Centavos que levou milhares de pessoas as ruas, a princípio, para reivindicar seus direitos acerca do transporte público e, logo depois, passou a somar novos temas de indignação da população ao protesto ganhando, posteriormente, o subtítulo "não é só por 20 centavos". A manifestação só aconteceu graças a mobilização nas redes sociais de diversos grupos mas, majoritariamente, de jovens. De acordo com o jornal paulista Estadão, um terço do eleitorado brasileiro é formado por jovens entre 16 e 33 anos que são ativos na política, portanto, têm poder e geram mudanças no governo.   A geração y e a geração z que são as pessoas nascidas a partir de 1980 até os anos 2010, viveram em uma época de grandes avanços tecnológicos e com a globalização já inserida na vida deles, portanto, são bombardeados com informação de todos os lugares e em tempo real há um dedo de distância. São gerações ativas e que buscam constantes mudanças, portanto, na política não seria diferente. As redes sociais permitiram as pessoas a interpretarem as notícias a partir do seu ponto de vista e exprimirem os seus comentários na internet, sendo ferramenta fundamental para os jovens se comunicarem à favor ou contra uma medida tomada pelo governo, marcarem manifestações ou assinarem abaixo-assinados.   Todavia, as redes sociais tiraram o papel de passividade dos jovens, sendo mais ativos, eles elegem porta-vozes que representam seus ideais, como por exemplo, a deputada federal Tabata Amaral que com apenas 25 anos impõe e questiona medidas na Câmara. Além da Tabata, muitos outros cargos foram assumidos por pessoas jovens, o que nos mostra a força e a busca por renovação da política brasileira.    Para mais das manifestações, das redes sociais e dos representantes em cargos políticos, podemos ver uma juventude interessada e atenta a todas as informações que lhes são postas. Questionam, debatem e apuram ações a serem tomadas. Porém, é necessário que sejam criados ambientes de discussão saudáveis nas escolas, por exemplo, o Ministério da Educação poderia reformular o sistema educacional para algo espelhado ao sistema educacional da Finlândia, no qual os alunos falam mais, criam senso crítico e, principalmente, focam na escola como comunidade de aprendizado, sendo assim, os finlandeses abrangem problemas do meio político nas escolas, nas matérias, para que os jovens sejam incentivados e inseridos nessa área. Portanto, é essencial a não-marginalização dos jovens na política, um jovem ativo na política tem o poder de gerar mudanças no governo e trazer uma nova perspectiva a um problema antigo.