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Enviada em: 26/08/2019

Segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman em sua concepção de modernidade interligada, “o homem é responsável pelo outro, seja de modo explícito ou não”. Entretanto, infelizmente essa ideia não se concretiza no atual cenário brasileiro, pois tem sido evidente o descaso social quanto à falta de participação política dos jovens. Dessa maneira, convém analisar como a desinformação e a corrupção colaboram para o impasse.     Em primeiro lugar, tem-se o desconhecimento de grande parcela do corpo civil sobre as funções e deveres dos políticos. Com efeito, segundo dados divulgados pela Revista Veja, 40% dos eleitores jovens não sabem qual é a função de um vereador. Logo, nota-se como o público jovial, apesar de ter a responsabilidade do voto, em sua maioria não tem informações concisas sobre os deveres dos políticos eleitos, o que interfere diretamente na sua participação política no cenário atual. Dessa forma, percebe-se a necessidade da divulgação clara quanto a atividade política dos governantes.     Ademais, o dilema da corrupção hodierna configura-se como um grande problema. Atualmente, o Ministério Publico divulgou casos de pedaladas fiscais, desvios de verba e nepotismo. Através de uma pesquisa realizada pelo Jornal Politize, 37% da população entre 19 e 29 anos alegou se sentir desmotivada a participar das eleições e registrar seu voto nas urnas após notícias de corrupção serem divulgadas. Assim, essa situação causa uma apatia política e se torna necessária, portanto, uma campanha de icentivo ao voto independente das circunstâncias, para mitigar a situação e promover maior participação política dos jovens.      Destarte, com o intuito de atenuar o dilema da desinformação, é necessário que o Ministério Público em parceria com a Mídia Pública e Privada, promovam campanhas de conscientização que detalhem as funções e deveres de todos os cargos políticos — como Vereador, Prefeito, Senador e outros —, por meio de comerciais na televisão aberta e documentários divulgados nas redes sociais de mais destaque, como por exemplo, Facebook, Twitter e Instagram. Feito isso, a ideia de Bauman sobre a modernidade interligada se concretizará no Brasil e em longo prazo serão atenuadas as implicações que tangem os problemas da falta de participação política no século XXI.