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Enviada em: 22/08/2019

“Quais são os problemas que mais preocupam os jovens atualmente?”, “O que os jovens valorizam no Brasil?” e “Como eles avaliam a importância da política?” foram algumas perguntas realizadas para jovens brasileiros, entre abril e maio de 2013, portanto antes das manifestações que aconteceram em junho no país. Os resultados gerais da pesquisa Agenda Juventude Brasil 2013 foram apresentados em Brasília, no último dia 8 de agosto. O estudo sobre opinião política dos jovens brasileiros de 15 a 29 anos revela haver um interesse dos jovens pela política. Anna Luiza Salles Souto, coordenadora da área de Juventudes do Instituto Pólis e uma das consultoras dessa pesquisa diz que um dado que chama a atenção é que 54% dos entrevistados consideram a política “muito importante”. E outros 29% a consideram “mais ou menos importante”. Apenas 16% consideram a política “nada importante”. Quando convidados a apontar duas formas de atuação que podem ajudar a mudar ou a melhorar as coisas no Brasil, 45% acreditam que a “participação em mobilizações de rua e outras ações diretas” seja uma delas. A esse dado, por si só revelador, se somam 44% de menções à “atuação em coletivos que se organizam em torno de uma causa” e 35% à “atuação em conselhos, conferências, audiências e outros canais de participação desse tipo”. Outros 34% incluem a atuação via “internet, opinando e cobrando políticos e governantes” e 30% referem-se à “atuação em partidos políticos” como forma de ação política potente para melhorar as coisas no país. Não há nada mais eficiente para pressionar um político do que ir para as ruas. Quando as redes sociais começaram a se popularizar, havia quem acreditasse que os protestos migrariam das ruas para a internet. Porém, grupos de discussão em redes sociais ou abaixo-assinados virtuais eram pouco efetivos, os manifestantes descobriram assim que manifestações eram mais eficazes como ferramentas de mobilização no mundo físico.