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Enviada em: 06/08/2019

Desde o período da colonização do país, com o povo tupiniquim, é perceptível a presença de uma forma criativa e fácil de resolução de problemas. Posto em análise a problemática e as questões que a englobam, é evidente que a prática do "jeitinho" no Brasil tem raízes históricas profundas que constitui a identidade do país e como ele formou uma imagem estereotipada do Brasil para o mundo.  É indiscutível que o "jeitinho brasileiro" tornou-se um comportamento cultural, disseminado de forma hierárquica na sociedade. Nesse contexto, é importante enfatizar como essa conduta dos cidadãos brasileiros tem seus prós e contras, sendo referida de maneira positiva quando associada com as relações sociais do brasileiro ou negativamente, correlacionando-se à corrupção. É válido analisar que na obra "Raízes do Brasil", Sergio Buarque de Holanda discorre sobre as disseminação das práticas sociais, sobre o 'homem cordial' e como nosso passado influencia nesse contexto.  Além disso, é apropriado salientar que Mário de Andrade, em sua obra "Macunaíma", retrata um tipo de herói sem nenhum caráter, sendo o personagem principal um exemplo de algumas condutas do povo brasileiro, apresentando-lhe como um malandro, preguiçoso, individualista e, ao mesmo tempo, inocente. Dessa forma, há o fortalecimento de um estereótipo para o brasileiro, construindo uma imagem pejorativa do Brasil para o restante do mundo. Além do mais, é importante ressaltar que essa representação tornou-se tão famosa no exterior que foi criado o personagem Zé Carioca, fazendo referência ao "jeitinho" dos brasileiros.  Portanto, é notória a problemática da persistência do "jeitinho" na sociedade brasileira. Logo, vê-se necessário que o governo crie leis que punam atos ilícitos com maior rigidez, para que haja a diminuição das práticas de corrupções. Além do mais, as escolas podem oferecer aulas de ética e moral para crianças e jovens, visando a reflexão dos indivíduos e a construção de um senso crítico sobre a prática do "jeitinho" na sociedade.