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Enviada em: 02/08/2019

A corrupção está cada vez mais instalada nas raízes da sociedade brasileira. Antes do Brasil alcançar sua independência em 1822, sua identidade nacional já vinha sendo construída, e desde já, era marcada por inúmeros atos corruptos que se tornou persistente na população, e conhecido como "jeitinho brasileiro". Em vista disso, é notório que esse marco do corpo social é um fenômeno histórico que remete características negativas, sendo necessário o debate de sua tenacidade no contexto atual.   Em primeira instância, é importante ressaltar que o jeitinho brasileiro não e apenas uma forma de negar a lei. Segundo uma pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria(CNI), em 2012, 82% dos candidatos pesquisados achavam que a maioria dos indivíduos age querendo tirar vantagem. A partir desse fato, notamos que a mesma sociabilidade que garante a fama de hospitaleiro ao povo é a que faz com que ele haja de forma corrupta. Assim, ações simples que deveriam ser tratadas de forma impessoal, acabam sendo abordadas de modo particular visando tirar vantagens, tendo por fim, o surgimento de um círculo vicioso ao se levar em consideração o ditado brasileiro " uma mão lava a outra".   Ademais, deve-se salientar que a educação básica é diretamente responsável pelo caráter do indivíduo. Segundo Thommas Hobbes, o homem nasce mal e necessita de uma doutrinação para adaptá-lo à sociedade. Entretanto, a atual estratégia pedagógica utilizada opera com um direcionamento voltado para a formação intelectual dos alunos, se desligando do papel social, e contribuindo para essa índole que grande parte dos cidadãos possui.   Fica claro, portanto, que medidas são necessárias para acabar com a persistência do jeitinho brasileiro. É imprescindível que o Ministério da Educação insira na grade escolar disciplinas de ética e moral, a partir da alteração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, transmitindo valores aos jovens, para que desse modo, estes se tornem cidadãos conscientes capaz de alterar a conjuntura atual.