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Enviada em: 07/08/2019

No Brasil hodierno, a persistência do “ jeitinho” brasileiro apresenta-se como um problema de caráter social que a sociedade. Isso se deve, sobretudo, à falta de mais políticas públicas que visem combater essas práticas e, também, à ausência de uma educação expansiva que ensine os indivíduos a respeitarem os princípios éticos e sociais do país. Logo, são necessárias mais ações dos órgãos governamentais e sociais, visando ao enfrentamento dessa questão.     Em verdade, o cotidiano do brasileiro é marcado por diversos hábitos que, na maioria das vezes passam despercebidos devido à naturalidade que adquirem. O termo utilizado para conceituar tais hábitos é jeitinho brasileiro”, o qual já foi objetivo de estudo de diversos autores brasileiros, que discutem a importância de combater tais práticas. Assim, isso porque a violação das convenções sociais, além de configurar um desvio de conduta, está em contramão às ideias igualitárias desejadas por todos. Com isso, em um momento que o contexto político do Brasil é histórico, faz-se necessário uma análise das condutas individuais diárias. Dessa maneira, para auxiliar nessa questão o Concelho Nacional de Justiça lançou, no ano de 2013, uma campanha com intuito de estimular os cidadãos a adotar posturas mais éticas em situações cotidianas, nas quais comportamentos desonestos passam despercebidas, ao mostrar a sociedade ações tidas como irregulares, o CNJ lançou o convite à honestidade, valor este que está cada vez mais escasso.     Outrossim, é necessário ressaltar a importância de mudar esse quadro para desconstruir o rótulo de “malandro” que acompanha o brasileiro é prejudica à imagem do país. Assim, esse estereotipo foi usado em diversas obras brasileiras, como nas obras literárias, por exemplo, em Macunaíma, “o herói sem caráter”, de Mário de Andrade, e Memórias de um Sargento de Milícia, de Manuel Antônio Almeida, na qual o personagem Leonardo apresenta um caráter duvidoso. Com efeito, é importante criar caminhos para combater a perpetuação de tais práticas na sociedade, com a implantação de uma educação mais expansiva que ensine os indivíduos a respeitarem seu país, já que conforme preconizado pelo escritor Paulo Freire, se a educação sozinha não pode transformar uma sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.    Dessa forma, torna-se evidente a necessidade de combater a cultura do “jeitinho” na sociedade brasileira. Para tanto, o Governo Federal deve intensificar a aplicação de leis já existentes, na medida em que sejam punidos de forma mais eficaz aqueles que comentam atos ilícitos. Além disso, cabe-lhe, desenvolver projetos, em parceria com intuições educacionais, introduzindo disciplinas no currículo escolar, que visem orientar os indivíduos sobre as consequências desses atos para a sociedade. Ademais, cabe à mídia promover discussões, por meio de palestras e debates com especialistas, visando levar à reflexão de uma sociedade justa somente será possível por meio de comportamentos éticos.