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Enviada em: 22/08/2019

Segundo Dan Ariely, professor de economia comportamental, as pessoas têm a mesma propensão a serem desonestas. Porém, um ranking de honestidade foi feito pela revista Super Interessante. Nele é possível ver a discrepância entre o Brasil e a Dinamarca - país eleito o menos corrupto. Tal fato leva ao questionamento do que permite a persistência do "jeitinho brasileiro". De acordo com Ariely, isso é impulsionado pelo sistema de leis falho e pelos incentivos a desonestidade cometido pelos governantes.        Em primeiro lugar, é pertinente mencionar a deturpação das figuras públicas no país. A exemplo, tem-se os ex-presidentes, Lula, Dilma e Temer, todos são réus por corrupção, fato noticiado pelo portal de notícias G1. Tendo isso em vista, a população age erroneamente todos os dias, como pode ser evidenciado pela quantidade de calotes praticados no transporte público do Rio de Janeiro. Isso, em grande parte, é feito pois a maioria do povo acha que o Governo os rouba demais, logo acreditam que essa atitude é justa.          Ademais, é sabido que poucos são os casos em que alguém paga por um crime. Conforme dados oficiais da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública, somente 6% dos homicídios dolosos (com intenção de matar) são solucionados no país. Assim, os brasileiros sabem que, se crimes graves -como assassinatos- não são julgados, os inofensivos, caracterizados como "jeitinho", dificilmente serão punidos. O que gera uma sensação de segurança em cometer delitos.       Portanto, é preciso que o Governo aja, tendo como objetivo interromper a continuidade da ilegalidade como fator cultural. Por isso, a Controladoria-Geral da União (CGU) precisa investigar a fundo para onde está indo o dinheiro público e punir de forma severa os políticos corruptos. Além disso, o Governo Federal precisa aumentar as verbas da Polícia Federal, Militar e Civil, para que essas possam investir em solução de casos e punição de criminosos. Desse jeito, a população verá que o Brasil é um país sério e terá em seus representantes o exemplo de que as consequências vêm.