Materiais:
Enviada em: 16/04/2018

Funcionando como uma das três leis newtonianas, a lei da inércia afirma que um corpo tende a permanecer em constante repouso ou movimento, até que atue sobre ele uma força suficiente para a mudança de seu percurso. Sob esse viés, o racismo é um problema que persiste na sociedade atual, logo, representa um desafio a ser enfrentado de forma mais expressiva pela população. Com isso, ao invés de atuar como a força necessária para a mudança de rota desse, as ideias conservadoras aliadas à intolerância contribuem para a intensificação de tal problemática.       A esse propósito, é indubitável que as concepções conservadoras sejam umas das principais causadoras do problema no Brasil. Isso acontece porque muitas pessoas acreditam que a submissão e violência sofridas pelos escravos africanos durante o período colonial, ainda seja necessária. Algo deplorável visto que o artigo 3º da Constituição Federal de 1988 que diz respeito ao bem de todos, sem preconceito, não é respeitado, tendo em vista que mais de 100 milhões de brasileiros já sofreram de atos racistas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).        Outrossim, a intolerância presente na sociedade também se destaca como uma impulsionadora do problema. Segundo o importante poeta italiano Giacomo Leopardi, ao relatar que nenhuma qualidade humana é mais intolerável do que a própria intolerância, ele faz uma crítica àquela parcela da população que tem incapacidade de suportar aquilo que o outro faz ou é. Muitos cidadãos, por exemplo, costumam praticar tal ato, algo inadmissível, uma vez que mais da metade da população brasileira, 54%, é formada por pardos e negros, logo, estes sofrem ou já sofreram de sectarismo racial.        Torna-se evidente, portanto, que ainda existem entraves para garantir a solidificação de políticas que visem um mundo melhor. Diante disso, é fundamental que o Governo, por meio de investimentos na fiscalização, aumente a rigorosidade das leis, para que elas não estejam presentes apenas no papel, mas também na realidade, com isso evitará a intensificação do racismo no tecido social. Ademais, é necessário que o Ministério da Educação (MEC) fomente nas escolas, o uso de campanhas e palestras que discutam o combate ao preconceito racial, a fim e que a sociedade se desapegue de certos tabus para que não viva a realidade das sombras, bem como na alegoria da caverna do filósofo Platão.