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Enviada em: 15/05/2018

De acordo com o filosofo Nietsche" o homem moderno representa uma contradição de valores, ele senta entre duas cadeiras, ele diz sim e não com o mesmo folego". Assim sendo, a persistência do racismo na sociedade brasileira exemplifica essa contradição de valores, na qual o indivíduo que repugna o racismo e o mesmo a comete-lo de forma rotineira. Dentre muitos motivos que propiciam essa triste realidade destacam-se: a herança colonial segregacionista e a pouca conscientização da população quanto a pratica do racismo. Desse modo e evidente que o preconceito étnico e amplia as lacunas nas relações humanas e por isso deve ser combatida. Em primeira análise, a escravidão africana no Brasil durou mais 300 anos e mesmo após a sua abolição pela lei áurea, os afrodescendentes não tiveram seus direitos civis e políticos reconhecido ao contrario foram marginalizados e negligenciados pelo governo. Dessa forma, as disparidades sociais atingiram principalmente essa parte da população e ainda convivem com a violência, falta de oportunidades, pouca educação e mínima representatividade nas esferas de poder. Neste sentido, as políticas públicas adotadas pelo governo a partir da década a 1980 para reduzir as diferenças sociais através de cotas, estudo da cultura afro-brasileira nas escolas e a comemoração no dia 20 de novembro, dia internacional da consciência negra,  são insuficientes para proporcionar melhor condição de vida a esse grupo tão importante.   Desse modo, as ações afirmativas representam um avanço social no Brasil e reconhecem os direitos e deveres das minorias no país. Entretanto, o racismo também está enraizado no pensamento de grupos  extremista que utiliza termos pejorativos para caracterizar negros, e praticam discursos de ódio e preconceito, como o ocorrido com a jornalista Maria Julia Coutinho que recebeu vários ataques de ódio nas redes virtuais após assumir o cargo de ancora no jornal nacional. Assim sendo, as atitudes de grupos etnocêntricos no Brasil representam um retrocesso social e devem ser combatidos pelos órgãos competentes.  Consequentemente, o governo brasileiro apresenta problemas estruturais e ideológicos para vencer o preconceito racial no país. Desse modo, o governo como, órgão regulador da sociedade, deve junto ao ministério da educação ampliar o acesso à educação de qualidade tanto por afrodescendentes quanto a outros grupos desfavorecidos da sociedade, através de políticas educacionais como: valorização e incentivo a professores, investimentos na infraestrutura das escolas e cursos extracurriculares aos alunos. Assim sendo, essas ações proporcionaram melhoria de vida e também proporcionara ao país mão de obra qualifica e diminuirá os gastos públicos com violência. Ademais, o governo deve utilizar os meios de comunicação como ferramenta no combate ao racismo estrutural, e através de propagandas educativas e debates sobre o preconceito racial por profissionais e cidadãos visando conscientizar à população. Assim sendo, essas medidas são urgentes e devem utilizar com recurso financeiro os impostos já pagos pela população.