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Enviada em: 20/06/2018

O racismo, especialmente representado pela escravidão, esteve na maior parte de nossa história enraizado em nossa cultura e dinâmica de vida. Em consequência, mesmo após tantos anos de emancipação dos negros, ainda convivemos com a persistência de casos de racismo na sociedade brasileira. Algo com raízes tão profundas exige a ação do tempo, associado ao continuo combate de sua prática para que possa ser extirpado de nossa cultura.       Com o início das atividades açucareiras no Brasil, chegaram os primeiros escravos negros ao país, vindos em condições desumanas da África, como expõe a poesia o navio negreiro de Castro Alves, estes tornaram-se a indispensável força motriz da economia nacional. Em consequência, o escravo tornou-se parte indissociável do cultura do Brasil colônia e império. Verificamos então que, desse modo, as ideias racistas tornaram-se comuns e naturais para a grande maioria dos cidadãos  brasileiros.       Dessa forma, a Lei Áurea apenas iniciou o processo de substituição da cultura racista por uma nova,sem discriminação de raças. No entanto, a transformação de culturas não ocorre de imediato, necessitando de tempo e continuo incentivo para que se processe por completo. nesse contexto ainda verificamos casos de persistência do racismo,como as injúrias proferidas contra o goleiro Aranha, durante partida de futebol em 2017. Casos como este revelam que ainda estamos em processo, e nos atentam para a necessidade de continuo combate ao racismo.       Diante do exposto, entende-se ser fundamental intensificar as ações de promoção da cultura de igualdade de raças. Para tal, é necessário, primeiro, aprofundar o combate ao racismo, para isso o Legislativo Federal deve equiparar a injúria racial ao crime de racismo, tornando-a inafiançável e imprescritível, intimidando ,assim, os racistas. Ao mesmo tempo, o Ministério da Justiça deve investir em campanhas, nos meios de comunicação de massa, exaltando o princípio da igualdade de raças.