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Enviada em: 20/06/2018

Devido a sua formação histórica, o Brasil é um país miscigenado. Ou seja, sua população deriva de uma mistura entre diversas etnias humanas. Todavia, uma etnia em especial sofre até hoje por conta de uma herança histórica do escravismo que subjugou os negros, os colando as margens da sociedade. Mas, em pleno século 21, a ideia de uma etnia ser superior a outra precisa ser abolida e combatida veementemente. O racismo persistente e o preconceito institucionalizado apenas demonstram o atraso do país. Em 2015, a ONU publicou um relatório onde afirmava que o mito do Brasil ser o país das diversidades ainda existe e é propagado por muitos que acreditam não haver racismo no mesmo. Contudo, ele exite e não se restringe a cor da pele do individuo. Casos de intolerância contra a religião afro-descendente, por exemplo, são, infelizmente, corriqueiros. Quatro quintos da história do nosso país decorreu sobre o regime escravista; com isso, os negros tiveram sua voz abafada e seus direitos negligenciados. Tal fato colabora com a dificuldade de posicionamento de embate do negro por igualdade.  Esse quadro é o exemplo do preconceito institucionalizado; o conformismo de que a posição social do negro sempre foi menor e assim deve continuar. Martin Luther King disse que "a injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar.". Analisando essa máxima nesse contexto, é ratificado o fato de que a injustiça do passado ameaça até hoje a justiça, a igualdade e a democracia racial do país.  A prática de racismo ou injuria racial leva ao cumprimento de uma responsabilidade penal prevista na lei. Todavia, a existência de leis não garante a execução das mesmas. Por isso, cabe ao Governo, buscando colocar em prática o código penal, a criação de delegacias especializadas em atender tais ocorrências.